A ministra Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira que a volta do presidente deposto Manuel Zelaya ao poder em Honduras é inegociável.
"Eu não acredito que a ONU, a OEA, qualquer país latino-americano, os Estados Unidos respondam a isso falando que vão negociar a não-ida do Zelaya para a sua situação de presidente constitucional", disse a ministra.
"Ninguém pode dizer isso, porque seria uma posição, no mínimo, esdrúxula. A gente não negocia certos princípios. Eu não posso dizer que, se a ditadura ficar um pouco menos ditadura, nós aceitamos a ditadura."
A ministra também defendeu o abrigo ao presidente deposto, afirmando que brasileiros se beneficiaram do instrumento no passado, quando países da América Latina "sofreram" com ditaduras e com a quebra do estado de direito.
Dilma Roussef admitiu, porém, que o poder de ação do Brasil na crise é limitado.
"Nós não controlamos o tempo dessa crise política com a qual não temos a menor ligação", disse Dilma. "O que esperamos é que o conflito seja solucionado da forma mais rápida possível, e que o presidente eleito volte para o cargo."
As declarações foram feitas em entrevista coletiva da ministra a correspondentes da imprensa internacional em São Paulo.
Abrigo
Manuel Zelaya está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital de Honduras, desde a última segunda-feira. Deposto do cargo de presidente no final de junho, Zelaya retornou a Honduras sem a autorização do governo interino, que cobra a sua prisão.
O governo interino, no entanto, não é reconhecido pela comunidade internacional. O Brasil, por exemplo, ainda considera Zelaya o presidente legítimo de Honduras.
Após a chegada do líder deposto à embaixada do Brasil, o local foi cercado por forças de segurança hondurenhas, que expulsaram manifestantes da região e restringiram o acesso ao edifício.
A representação diplomática brasileira em Tegucigalpa chegou a ter o fornecimento de água e luz cortado, e dezenas de pessoas dentro do prédio dizem que há pouca comida no local.
O governo interino de Honduras, liderado por Roberto Micheletti, acusa o Brasil de ingerência nos assuntos do país ao abrigar Zelaya.
Já o Brasil diz que não teve envolvimento no retorno de Zelaya a Honduras e que apenas abriu as portas de sua embaixada para o presidente democraticamente eleito do país.
Apesar de apelos da comunidade internacional por novas negociações entre Zelaya e o governo interino para a resolução do impasse, a situação política em Honduras permanece indefinida.
"Eu não acredito que a ONU, a OEA, qualquer país latino-americano, os Estados Unidos respondam a isso falando que vão negociar a não-ida do Zelaya para a sua situação de presidente constitucional", disse a ministra.
"Ninguém pode dizer isso, porque seria uma posição, no mínimo, esdrúxula. A gente não negocia certos princípios. Eu não posso dizer que, se a ditadura ficar um pouco menos ditadura, nós aceitamos a ditadura."
A ministra também defendeu o abrigo ao presidente deposto, afirmando que brasileiros se beneficiaram do instrumento no passado, quando países da América Latina "sofreram" com ditaduras e com a quebra do estado de direito.
Dilma Roussef admitiu, porém, que o poder de ação do Brasil na crise é limitado.
"Nós não controlamos o tempo dessa crise política com a qual não temos a menor ligação", disse Dilma. "O que esperamos é que o conflito seja solucionado da forma mais rápida possível, e que o presidente eleito volte para o cargo."
As declarações foram feitas em entrevista coletiva da ministra a correspondentes da imprensa internacional em São Paulo.
Abrigo
Manuel Zelaya está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital de Honduras, desde a última segunda-feira. Deposto do cargo de presidente no final de junho, Zelaya retornou a Honduras sem a autorização do governo interino, que cobra a sua prisão.
O governo interino, no entanto, não é reconhecido pela comunidade internacional. O Brasil, por exemplo, ainda considera Zelaya o presidente legítimo de Honduras.
Após a chegada do líder deposto à embaixada do Brasil, o local foi cercado por forças de segurança hondurenhas, que expulsaram manifestantes da região e restringiram o acesso ao edifício.
A representação diplomática brasileira em Tegucigalpa chegou a ter o fornecimento de água e luz cortado, e dezenas de pessoas dentro do prédio dizem que há pouca comida no local.
O governo interino de Honduras, liderado por Roberto Micheletti, acusa o Brasil de ingerência nos assuntos do país ao abrigar Zelaya.
Já o Brasil diz que não teve envolvimento no retorno de Zelaya a Honduras e que apenas abriu as portas de sua embaixada para o presidente democraticamente eleito do país.
Apesar de apelos da comunidade internacional por novas negociações entre Zelaya e o governo interino para a resolução do impasse, a situação política em Honduras permanece indefinida.
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