sábado, 19 de setembro de 2009

Dilma diz que candidato sem simpatia sofre

A ministra Dilma Rousseff, afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que um candidato à presidência da República deve, "de preferência, ser simpático e ter um jogo de cintura". Se não tiver, segundo a pré-candidata para as eleições em 2010, "a pessoa sofre".

Questionada sobre se sofreria durante a campanha, a ministra afirmou não saber. "Mas a gente sempre sofre, não dá para achar que o mundo é um paraíso, que a gente vive em um mar de rosas", completou.

Dilma disse ainda que o legado do Presidente Lula para sua campanha serão "crescimento econômico, inflação sob controle e o fato de termos elevado à classe média milhões de brasileiros". Ela citou ainda a criação de 11 universidades no País.

A ministra também ressaltou que o governo Lula possibilitou uma política externa diversificada, mantendo a soberania do País. Segundo ela, o "complexo de viralatas" que Nelson Rodrigues citava não existe mais. "Eu acho que o Brasil mudou. E acho que as pessoas sabem disso", falou.

Dilma afirmou ainda que que o governo mais acertou do que errou. "Então, acho que, pelo menos, nós deixamos um grande legado", disse, afirmando esperar que isso seja o suficiente para eleger o sucessor.

Dilma citou também o pré-sal, uma marca "inequívoca" do atual governo, e disso que "o que as pessoas podem sonhar" foi elevado na gestão de Lula. "Nós aumentamos as possibilidades de sonhos. Então o maior legado é essa imensa esperança de hoje que esse povo tem", disse.

A ministra disse também que nunca havia imaginado disputar a Presidência - queria ser bailarina - e que isso significa uma honra muito grande. "Eu acho, para qualquer pessoa falando do meu lado, do pessoal que está tocando o governo Lula, é uma honra. E, mais do que isso, é a continuidade disso que importa."

Sobre a atuação do governo durante a crise, a ministra afirmou que houve quem torcesse para que se ficasse "de braços cruzados". "O que se viu no mundo nos últimos tempos é que a tese do Estado mínimo é uma tese falida, ninguém aplica, só os tupiniquins. Nós somos extremamente a favor do Estado que induz o crescimento, o desenvolvimento, que planeja", afirmou.

Linfoma
Segundo Dilma, o câncer que enfrenta, um linfoma, mudou sua forma de ver a vida. "Você dá mais importância a coisas menores. Por exemplo, você dá mais importância ao sol batendo nas folhas, você olha o mundo com outros olhos", descreveu. "Você dá importância maior para a vida."

A ministra afirmou ainda que pretende deixar a peruca de lado assim que o cabelo crescer um pouco mais. "O que acontece, estou esperando ele crescer um pouquinho. A minha expectativa é essa, de que venha bem bonito, mas esse é um grande desafio."

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