sábado, 26 de setembro de 2009

ANP exonera agente acusado de montar falso dossiê e enviar para a revista Veja

Acusado de ser o autor de um falso dossiê contra Victor Martins, diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o agente da Polícia Federal aposentado Wilson Ferreira Pinna foi exonerado ontem do cargo comissionado de assistente na Assessoria de Inteligência que ocupava na agência. .

A decisão foi tomada pelo diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, e aprovada pelos demais diretores colegiados da ANP, segundo nota da agência reguladora. O comunicado já foi encaminhado para publicação no Diário Oficial da União.

De acordo com a nota, Lima definiu exonerar Pinna após ter sido informado na tarde de ontem, por ofício da Assessoria de Inteligência, que o servidor "foi denunciado pelo Ministério Público Federal como o autor de falso dossiê a respeito da distribuição de royalties".

O falso dossiê que foi eleborado por Pina e em seguida divulgado pela revista Veja, indicava que Victor Martins teria usado o cargo para favorecer prefeituras que contrataram sua empresa, a Análise Consultoria, na distribuição de royalties incidentes sobre a exploração do petróleo. O diretor da ANP é irmão do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins.

Segundo a ANP, Pinna ingressou na agência em 2001, no núcleo de fiscalização. Saiu em 2003. Após sua aposentadoria na PF, regressou à ANP em 2005, nomeado como assistente administrativo na Assessoria de Inteligência.

A ANP desmentiu a informações de reportagem publicada ontem na Folha e negou que Pinna fosse "homem de confiança do presidente do órgão", que despachasse "semanalmente com Haroldo Lima" e que tivesse por atribuições "proteger a agência de grampos e coibir a corrupção interna".

O agente foi identificado pela PF como autor do dossiê a partir de um pendrive (arquivo de dados móvel) que contém o documento, transcrições de grampos telefônicos e declarações de renda. Ainda não foi esclarecido como esse material chegou à PF.A Justiça Federal encaminhou o processo ao Ministério Público Federal para que emita parecer sobre a denúncia.

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