quarta-feira, 1 de julho de 2009

Avaliação do Brasil é muito boa


A percepção da população sobre o Brasil em 2008 foi a melhor em três anos, o que mostra que a crise econômica ainda não havia sido de fato percebida pelo brasileiro no ano passado. Os dados são da pesquisa Observador Brasil 2009, divulgada nesta quarta-feira, 30, pela Celetem - financeira do grupo francês BNP Paribas - em conjunto com a Ipsos. A avaliação média do País ficou em 5,62 em 2008, a maior desde o início da pesquisa, em 2005.

De acordo com os dados, apenas os brasileiros e os poloneses deram no ano passado notas maiores que a avaliação de 2007. A pesquisa cita um "descolamento" da gravidade da situação global com a realidade da população no País.

Esse descolamento está relacionado à defasagem entre os primeiros efeitos da crise nos países desenvolvidos, como Estados Unidos e nações da União Europeia, e o Brasil. A quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008, determinou o início da crise financeira mundial. No Brasil, porém, os efeitos da turbulência - como a queda na produção industrial, a saída de investimentos estrangeiros - começaram a aparecer depois, em meados de novembro.

Segundo a pesquisa, um outro fator que indica que uma parte da população ainda não percebia as consequências da crise na realidade brasileira é que a palavra "otimismo" manteve a tendência de crescimento e foi citada por 32% dos entrevistados (maior índice de todas as avaliações) como a palavra que descreve o sentimento em relação ao futuro. A palavra "preocupação", porém, aparece em primeiro lugar, citada por 45% dos entrevistados, o que demonstra cautela.

Quando a análise é feita para um período maior, de 12 meses, o conjunto de indicadores que indicam otimismo ficou estável. Os dados apontam que 48% dos entrevistados esperam que sua situação financeira melhore neste ano, contra 51% da pesquisa de 2007.

A porcentagem dos que desejam aumentar a quantia poupada nesta ano, porém, cresceu para 34%, enquanto o número de consumidores que pretendem aumentar seus gastos ficou estável em 13%. (Agência Reuters)

Classe C se consolida como a maior do Brasil em 2008

A classe C se consolidou em 2008 como o principal grupo brasileiro, segundo a pesquisa Observador Brasil 2009, divulgada nesta quarta-feira, 30, pela Celetem - financeira do grupo francês BNP Paribas - em conjunto com a Ipsos. De acordo com os dados, no ano passado, 45% da população fazia parte desta classe, uma estabilidade em relação a 2007. O número mostra a estabilização das mudanças iniciadas em 2007, quando, em decorrência do aumento do emprego e da renda, muitos brasileiros subiram das classes D e E para a C.

A parte da população componente das classes D e E também ficou em 40% e nas classes A e B o porcentual se manteve em 15%. Apesar da estabilidade na distribuição da população, o rendimento médio do brasileiro cresceu em todas as classes em 2008, beneficiado pelo crescimento da economia antes do agravamento da crise financeira mundial.

A renda familiar média das classes A e B ficou em R$ 2.586,00, enquanto o valor para a classe C foi de R$ 1.201,00. Para as classes D e E, o rendimento foi de R$ 650,00.

Compras

A pesquisa mostra também que os gastos essenciais se mantiveram estáveis em 2008, com destaque para o crescimento das despesas com supermercados nos últimos anos, principalmente entre as classes A e B. Os gastos médios com esse segmento ficaram em R$ 352,00, seguidos por energia, com R$ 62,00, e aluguel, com R$ 41,00.


Por outro lado, as pretensões de compra para este ano diminuíram, com destaque para a queda entre os telefones celulares e computadores, antes com a maior tendência de crescimento. A intenção de compra de eletrodomésticos ficou em 36%, ante 37% em 2007. A parcela de consumidores que pretendem comprar um telefone celular caiu para 21%, contra 24%, e aqueles que vão gastar com um computador ficaram em 17%, ante 20%.

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