A greve dos funcionários, professores e alunos da Universidade de São Paulo (USP) já dura quase um mês e ainda não se conseguiu chegar a um entendimento sobre as reivindicações apresentadas. A USP ofereceu apenas 6,05% de reposição salarial. Os funcionários pedem 17% de aumento e os professores reivindicam 10% de reposição. Os estudantes participam do movimento protestando contra a implantação do ensino à distância na universidade.
Sem conseguir reabrir as negociações, o movimento ainda passou a se deparar, nos últimos dias, com uma violência policial poucas vezes vista na história da USP. Desde a semana passada, a polícia militar está dentro do campus dissolvendo piquetes e reprimindo os líderes do movimento.
Na tarde da última terça-feira, a Tropa de Choque da Polícia Militar, a mando do governo do estado, invadiu ostensivamente a universidade e usou bombas de efeito moral e balas de borracha contra cerca de 1500 manifestantes que protestavam pacificamente dentro das dependências do campus, em Pinheiros. Vários estudantes foram parar no Hospital Universitário da USP, localizado na cidade universitária, com ferimentos e problemas respiratórios provocados pela ação policial.
A Tropa de Choque começou a lançar bombas contra os estudantes próximo ao portão 1 da USP e perseguiram os manifestantes até próximo da reitoria para onde diversos manifestantes se dirigiam a fim de ocupar o prédio em resposta contra a repressão. Estes se depararam com a rua da reitoria tomada por policiais que lançavam bombas de gás e também gás de pimenta contra os estudantes, dispersando a manifestação e iniciando uma perseguição aos estudantes que se refugiaram no prédio da faculdade de História e Geografia. A ação da PM foi tão violenta que chegou a jogar bombas dentro do prédio dos cursos de História e Geografia deixando encurralados dezenas de estudantes sob o efeito de gás lacrimogêneo.
As cenas de violência indignaram toda a comunidade universitária e a greve se ampliou. Os professores decidiram em assembléia que só voltam a dar aulas quando a polícia deixar a universidade. Diante do protesto e da indignação geral da sociedade contra a repressão, o governador José Serra (PSDB) justificou a ação da polícia dizendo que ela estava ali “apenas garantindo uma ação de reintegração de posse”.
Serra apresenta a presença ostensiva da PM no campus da USP desde o dia 1º de junho e a ação repressiva desta terça-feira, como uma medida judicial irreversível na qual ele, como principal representante do governo do estado, não teria nenhum poder de ação, a não ser seguir as ordens da justiça que determinou que a PM garantisse a reintegração.
Segundo os líderes da greve, o governador está mentindo. Não há posse nenhuma a ser reintegrada. Nenhum prédio público foi ocupado. O que os grevistas vinham fazendo eram os piquetes comuns em todas as greves. A polícia foi acionada não para garantir reintegração de posse, mas para tentar dissolver a greve com violência, informaram os funcionários Ao invés de negociar, o que Serra passou a fazer foi tentar acabar com a greve reprimindo os trabalhadores, denunciam os organizadores do movimento.
A violência com que a PM agiu sobre os estudantes e funcionários foi, ao contrário do apresentado pelo governador, não uma ação determinada pela Justiça, mas diretamente comandada por ele que implantou na USP um verdadeiro estado de sítio. A partir de agora, o movimento agrega às reivindicações iniciais, a exigência da saída da reitora, Suely Vilela, e do governador José Serra.(Hora do Povo)
Sem conseguir reabrir as negociações, o movimento ainda passou a se deparar, nos últimos dias, com uma violência policial poucas vezes vista na história da USP. Desde a semana passada, a polícia militar está dentro do campus dissolvendo piquetes e reprimindo os líderes do movimento.
Na tarde da última terça-feira, a Tropa de Choque da Polícia Militar, a mando do governo do estado, invadiu ostensivamente a universidade e usou bombas de efeito moral e balas de borracha contra cerca de 1500 manifestantes que protestavam pacificamente dentro das dependências do campus, em Pinheiros. Vários estudantes foram parar no Hospital Universitário da USP, localizado na cidade universitária, com ferimentos e problemas respiratórios provocados pela ação policial.
A Tropa de Choque começou a lançar bombas contra os estudantes próximo ao portão 1 da USP e perseguiram os manifestantes até próximo da reitoria para onde diversos manifestantes se dirigiam a fim de ocupar o prédio em resposta contra a repressão. Estes se depararam com a rua da reitoria tomada por policiais que lançavam bombas de gás e também gás de pimenta contra os estudantes, dispersando a manifestação e iniciando uma perseguição aos estudantes que se refugiaram no prédio da faculdade de História e Geografia. A ação da PM foi tão violenta que chegou a jogar bombas dentro do prédio dos cursos de História e Geografia deixando encurralados dezenas de estudantes sob o efeito de gás lacrimogêneo.
As cenas de violência indignaram toda a comunidade universitária e a greve se ampliou. Os professores decidiram em assembléia que só voltam a dar aulas quando a polícia deixar a universidade. Diante do protesto e da indignação geral da sociedade contra a repressão, o governador José Serra (PSDB) justificou a ação da polícia dizendo que ela estava ali “apenas garantindo uma ação de reintegração de posse”.
Serra apresenta a presença ostensiva da PM no campus da USP desde o dia 1º de junho e a ação repressiva desta terça-feira, como uma medida judicial irreversível na qual ele, como principal representante do governo do estado, não teria nenhum poder de ação, a não ser seguir as ordens da justiça que determinou que a PM garantisse a reintegração.
Segundo os líderes da greve, o governador está mentindo. Não há posse nenhuma a ser reintegrada. Nenhum prédio público foi ocupado. O que os grevistas vinham fazendo eram os piquetes comuns em todas as greves. A polícia foi acionada não para garantir reintegração de posse, mas para tentar dissolver a greve com violência, informaram os funcionários Ao invés de negociar, o que Serra passou a fazer foi tentar acabar com a greve reprimindo os trabalhadores, denunciam os organizadores do movimento.
A violência com que a PM agiu sobre os estudantes e funcionários foi, ao contrário do apresentado pelo governador, não uma ação determinada pela Justiça, mas diretamente comandada por ele que implantou na USP um verdadeiro estado de sítio. A partir de agora, o movimento agrega às reivindicações iniciais, a exigência da saída da reitora, Suely Vilela, e do governador José Serra.(Hora do Povo)
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