O PT desencadeou uma ofensiva para tentar equilibrar a eleição presidencial nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, nas quais sofreu derrotadas em 2006. Naquele ano, o país se dividiu ao meio: no Sul, no primeiro turno, Lula teve 35% dos votos, e Alckmin chegou aos 55%. Mas no Nordeste o placar foi de 67% a 27% para Lula.
Para 2010, dois dois partidos acham que Lula transfere muito votos a Dilma, mas tucanos e petistas trabalham com números diferentes. Enquanto o PT acha que, tendo Lula como correia de transmissão, Dilma terá a maior parte dos votos do presidente na região, o PSDB avalia que pode até empatar a eleição em alguns casos e sair-se bem em colégios eleitorais grandes como a Bahia.
Nesse Estado, que é governador por um petista, os tucanos calculam que podem ter algo em torno dos 40%, se as pesquisas que têm mandado fazer se confirmarem. Se isso se confirmar, eles acham que ganham a eleição, pois esperam ter a mesma quantidade de votos da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste de 2006 ou até mais. Mas assim como o PSDB está atento ao Nordeste, o PT também não tira os olhos do Sul e já começou a trabalhar para reverter a situação vivida por Lula em 2006.
O ofensiva do PT inclui medidas de governo, como o pacote agrícola lançado no início da semana passada que prevê R$ 107,5 bilhões para a agricultura empresarial e familiar. A empresarial - ou seja, o agronegócio - ficou com 86% de todo o dinheiro. Em 2006, uma das grandes queixas da região foi a falta de apoio do governo setor. Além disso, a seca 2004/2005, atingiu e abalou indistintamente grandes e pequenos agricultores.
Mas já há criticas entre os grandes: apesar de neste ano terem ficado com a maior fatia do bolo, dizem, no futuro terão mais dificuldades de acesso ao dinheiro que os pequenos. Pelas projeções, em 2011 o médio e o pequeno agricultor terão acesso a 20% dos 25% do total de crédito de aplicação obrigatória dos bancos. Esse será o legado do PT na área rural, o que os grandes proprietários classificam como sendo uma "opção ideológica".
Partidariamente, o PT tenta arrancar o apoio do PMDB do Sul, atualmente mais inclinado ao PSDB de Serra. Recentemente, o ex-ministro José Dirceu esteve com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique. A ideia no PT é que, se atrair Luiz Henrique para uma aliança, pode também entrar no Rio Grande do Sul, no Paraná e Mato Grosso do Sul, todos governados por pemedebistas.
Luiz Henrique disse que já firmara um bom acordo com o PSDB (cujo governador Leonel Pavan deve ser o candidato ao governo do Estado) e com o Democratas - além disso, Henrique sempre se sentiu muito hostilizado pelo PT local, cuja candidata deve ser a senadora Ideli Salvati.
No Rio Grande do Sul o próprio ministro Tarso Genro já deixou claro que não há acordo e ser o candidato do PT (o do PMDB está entre o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, e o ex-governador Germano Rigotto, já que pemedebistas e tucanos devem rifar a recandidatura da atual governadora Yeda Crusius).
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