segunda-feira, 1 de junho de 2009

Produção de linha branca volta ao nível pré-crise


Grandes fabricantes de geladeiras, fogões e máquinas de lavar, produtos que foram beneficiados pelo corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), dizem que já retomaram em maio níveis de produção pré-crise. Alguns até voltaram a contratar trabalhadores temporários para atender o crescimento das vendas.

A Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, por exemplo, contratou em maio 300 trabalhadores temporários para as fábricas de de Joinville (SC) e Rio Claro (SP), que produzem refrigeradores, máquinas de lavar e fogões. Além disso, remanejou 140 funcionários da Embraco, unidade do grupo voltada para a produção de compressores, para as fábricas de eletrodomésticos.

"Em maio, retomamos pontualmente os níveis de produção pré-crise", afirma o diretor de Relações Institucionais da Whirlpool, Armando Annes do Valle Júnior. O executivo conta que, com o corte no IPI na metade de abril, as vendas em maio cresceram 20% na comparação com o mesmo mês do ano passado. "Os maiores índices de crescimento ocorreram nas geladeiras e nas máquinas de lavar, enquanto nos fogões foi um pouco menos", conta.

Na concorrente Mabe, que detém as marcas GE e Dako e chegou a dar férias coletivas para enxugar a produção, o movimento foi semelhante. Patricio Mendizábal, presidente da companhia, conta que a produção de lavadoras cresceu 25%, nos refrigeradores o acréscimo foi de 15% e nos fogões, 10%. "Nos refrigeradores estamos trabalhando no nível de produção pré-crise", diz o executivo. Apesar do crescimento, a empresa não admitiu novos trabalhadores.

Também a Esmaltec Eletrodomésticos, com sede em Fortaleza (CE), já produz hoje no nível pré-crise, informa a superintendente, Annette de Castro. Ela conta que a produção de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar cresceu entre 7% e 10%, após o corte do IPI.

Já no caso da Atlas, que fabrica só fogões dos produtos beneficiados pela redução do IPI, a produção ainda não está no nível anterior à crise. Segundo o presidente da companhia, Cláudio Petrycoski, como produto tem valor unitário menor em relação às máquinas de lavar e aos refrigeradores, o impacto nas vendas e na produção foi menor. Mesmo assim, houve um acréscimo da ordem de 7% na produção. A empresa, que chegou a demitir 5% dos funcionários por causa da retração nas vendas, está próxima de repor os quadros com a contratação de novos trabalhadores, afirma o presidente.

Para Lourival Kiçula, presidente da Eletros, associação que reúne os fabricantes do setor, após o corte do IPI, de abril para maio, houve um acréscimo de 20% a 25% nas quantidades vendidas da indústria para o varejo. Ele acredita que, se o benefício, que está previsto para expirar em julho, for mantido, há possibilidade de repetir neste ano o volume de vendas de 2008.

Além dos eletrodomésticos da linha branca beneficiados pelo corte do IPI (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos), Kiçula observa que a redução do imposto teve impacto positivo na venda de outros itens que não foram beneficiados pela queda do imposto. Isso significa que, o consumidor que vai à loja disposto a comprar uma geladeira, por exemplo, acabou levando para casa um liquidificador também. É que ele usou o dinheiro que economizou na compra do eletrodoméstico da linha branca para adquirir outro bem.(Release de notícias)

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