Cerca de 450 pessoas fizeram ontem (24) uma manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, pedindo a saída do ministro Gilmar Mendes, presidente da Casa. Os manifestantes espalharam velas e cartazes pela Praça dos Três Poderes, onde o Supremo divide o espaço com o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
Para o educador e integrante do movimento Saia às Ruas, José Teixeira, o ato político é um protesto contra o comportamento dos ministros do STF. “Nós queremos uma luz para o Judiciário, a questão de fundo é repensar um Judiciário mais ético”, disse. O protesto, organizado pelo movimento, também está sendo realizado em São Paulo e Belo Horizonte.
Além de discursos dos participantes do movimenot, a manifestação terá o clima das festas juninas, com direito a dança de quadrilha e casamento na roça. “Também vamos ter um casamento antes da dança da quadrilha, a idéia é realizar o casamento de Daniel Dantas com Gilmar Mendes”, contou Teixeira.
Para a funcionária pública aposentada Aparecida Virgínia, o protesto é para mostrar a indignação da sociedade contra o STF. “O Supremo está usurpando os poderes do Executivo e do Legislativo. As pessoas têm que se indignar. O que está acontecendo no Brasil é uma bandalheira, uma falta de governo”, disse.
Um movimento organizado por estudantes de jornalismo aproveitou a oportunidade para protestar contra a decisão do STF em relação ao fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão. Segundo a estudante Mariana Garcia, esse é só o início das mobilizações. “A gente não concorda com toda essa barbaridade que ele [Gilmar Mendes] vem aprontando e, por isso, resolveu mobilizar o máximo de jornalistas, estudantes e gente que é contra ele”, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Romário Schettino, também compareceu ao ato político. Segundo ele, o ministro Gilmar Mendes é o principal responsável pelo fim da regulamentação da profissão. “O STF está na contramão da expectativa da sociedade brasileira, porque a maioria do povo brasileiro acha que é preciso ter diploma para ser jornalista.”
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