A Caixa Econômica Federal informou que até agora foram assinados dez contratos para a construção de empreendimentos imobiliários do programa Minha Casa, Minha Vida. São seis projetos em São Paulo, dois em Mato Grosso, um no Rio Grande do Sul e um em Minas Gerais. Deste total, dois empreendimentos são destinados a famílias com renda entre zero e três salários mínimos, sete para a faixa que recebe entre três e seis salários mínimos e um para o público com renda entre seis e dez salários mínimos. Os dados foram repassados pela superintendente nacional de habitação da Caixa, Bernadete Coury, ao lançar ontem a quinta edição do projeto Feirão Caixa da Casa Própria. Os dez projetos representam um investimento de R$ 90,7 milhões e vão ofertar 1.730 novas unidades habitacionais.
O programa Minha Casa, Minha Vida começou a operar oficialmente em 13 de abril. Trata-se de um projeto do governo federal que tem por objetivos reativar a economia e simultaneamente cobrir o déficit habitacional. O pacote de habitação tem R$ 60 bilhões para serem aplicados em três anos. A ideia é construir 1 milhão de moradias para a população que ganha até 10 salários mínimos por mês, ou seja, R$ 4.650. Para a Caixa, o programa vai gerar 3,5 milhões de empregos com carteira assinada em três anos. O valor máximo do imóvel financiado pelo programa é de R$ 130 mil.
Dos 5.560 municípios brasileiros, 340 já assinaram convênio com a Caixa para participar do Minha Casa, Minha Vida. Segundo Bernadete, há outros 34 empreendimentos destinados ao público com renda entre zero e três salários mínimos em fase de conclusão de negociações. São projetos em 11 Estados, os quais oferecerão 11.198 moradias. Somadas as demais faixas de renda a serem atendidas pelo Minha Casa, Minha Vida, a Caixa tem praticamente prontos o lançamento de 268 empreendimentos.Neste primeiro quadrimestre, a Caixa já repassou R$ 10 bilhões para o crédito imobiliário, dentro de um orçamento total para o ano de R$ 27 bilhões. Bernadete explica que esse total é 104% superior aos R$ 4,8 bilhões aplicados no segmento em igual período do ano passado. A superintendente acredita que, considerando a elevada demanda, a Caixa poderá ultrapassar o teto previsto, solicitando, caso necessário, aporte de recursos ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Dos R$ 10 bilhões liberados entre janeiro e abril, cerca de R$ 9 bilhões foram direcionados a crédito imobiliário para pessoas físicas. No financiamento à produção, parcela de R$ 680 milhões envolvem recursos da caderneta de poupança e R$ 319 milhões são verbas do FGTS.
Feirão da Caixa
Outra linha de ação para impulsionar a atuação na área habitacional é a Feira Caixa da Casa Própria, que terá sua quinta edição entre 14 de maio e 21 de junho. A feira passará pelas cidades do Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Uberlândia, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Recife, Porto Alegre e Fortaleza. A estreia do programa será na capital carioca, onde o feirão ocorre entre 14 e 17 de maio, no Riocentro. Haverá uma primeira rodada de negócios em cinco capitais, nas quais haverá oferta de mais de cem mil imóveis, inclusive para o público atendido pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que recebe mais que três salários mínimos mensais. Para quem recebe menos, a recomendação é procurar as prefeituras para fazer cadastramento.
Na edição do ano passado, o Feirão movimentou R$ 4 bilhões, resultando em 39 mil contratos. Bernadete quer pelo menos ultrapassar o volume de negócios do ano passado. Segundo a superintendente, o evento tem como diferencial reunir todos os agentes da rede da habitação, como construtoras, corretores, cartórios e técnicos da Caixa. Há opções de crédito com pagamento em até 30 anos, com juros que variam entre 4,5% e 11,4% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial de juros (TR).
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