Ressuscitou de vez a candidatura do senador brasiliense Cristovam Buarque a diretor-geral da Unesco. Para isso pesou, em primeiro lugar, a autodesconstrução da escolha do egípcio Farouk Hosny. Cristovam já comunicou ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que pretende o cargo, ainda que só aceite concorrer caso conte com o apoio do governo brasileiro. Na manhã de ontem, o senador petista Flávio Arns começou a coletar assinaturas dos colegas em apoio a Cristovam – na verdade, Arns recompunha um manifesto já assinado pela quase totalidade dos pares.
No decorrer do dia, à medida em que mais e mais países desertavam da escolha de Hosny a começar pela França, onde fica a sede da Unesco, a indicação de Cristovam ganhava força, inclusive no Executivo. Para isso pesou também a constatação de que o atual vice-diretor brasileiro Marcio Barbosa poderia também se relançar. Como já está na Unesco, tem condições de ser indicado por outro país, o que costrangeria o governo Lula – sem falar em que Marcio vem do governo Fernando Henrique. Embora Cristovam avise que só disputa caso referendado pelo Itamaraty, não se pode afastar sequer a possiblidade de que, esgotada a expectativa árabe, a direção-geral da Unesco venha a ser disputada, no voto, entre dois brasileiros. Um de cada governo.
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