quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fomos descobertos pelo Jornal Folha:Campanha para Presidência começa na internet


Fora do Orkut, os apoiadores de Dilma fazem mais barulho. Ela ganhou pelo menos seis vídeos de campanha no site YouTube, além de dois canais próprios para o tema, chamados Dilma2010 e AgoraeDilma13. Os clipes misturam "os melhores momentos" da ministra, com entrevistas, estatística do governo Lula e ataques aos tucanos. O vídeo mais recente, publicado em 10 e janeiro, intercala imagens da petista com a música "Musa de Qualquer Estação", de Gal Costa. Os militantes virtuais petistas também montaram blogs (Blog da Dilma 13, Dilma Presidente, Os Amigos da Presidente Dilma e Dilma é a cara).


A campanha ao Palácio do Planalto já está na web. Dezenas de partidários e apoiadores de políticos que figuram na lista dos presidenciáveis começam a colocar na rede conteúdo de campanha ("não-oficial", segundo os partidos) de olho na corrida eleitoral de 2010. Clipes publicitários, blogs e comunidades são as principais plataformas para esse tipo de divulgação. A legislação vigente veta propagandas antes de 6 de julho de anos eleitorais.

No pleito de 2008, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) impôs restrições à divulgação de informações sobre o candidatos na internet. O tribunal definiu que a propaganda só seria permitida na página do candidato destinada à campanha. Proibiu às outras ferramentas, como sites de relacionamento e blogs, divulgarem informação que pudesse configurar propaganda favorável ou contrária a um candidato.

Além de irritar internautas, que acusaram o tribunal de censura, a medida confundiu o eleitorado. Ficou difícil decifrar o que era e o que não era permitido em cada Estado. Desta vez, os usuários da internet não esperaram uma resolução da Justiça para começarem a agir.

"Nem se sabe ao certo quais candidaturas se farão presentes em 2010, mas já é possível especular, defender e atacar lançando mão dos mecanismos midiáticos digitais", destaca o cientista político Francisco Marques Jamil, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

"Este é o momento para começar a construir as redes de apoio dos candidatos na internet --principalmente porque eles têm de ser confirmados dentro de seus próprios partidos e bases", aponta Francisco Brandão, pesquisador da UnB (Universidade de Brasília), que participa da formulação de um manual, para eleitores e candidatos, sobre as eleições de 2010 na web.

Surfe eleitoral

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), é o presidenciável com maior número de comunidades no Orkut em incentivo a sua candidatura: 52. Quase empatada está a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), com 51. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), aparece com 32, dez a mais do que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).

A ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) tem 20 comunidades com esse propósito, seguida pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB), com 19. Derrotado na eleição para a prefeitura do Rio do ano passado, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) recebeu 16 espaços do Orkut pedindo para que ele tente a Presidência em 2010. Na mesma rede social, 74 comunidades torcem para que Lula tente um terceiro mandato consecutivo --o presidente e o governo federal registraram em janeiro novo recorde de avaliação.


Fora do Orkut, os apoiadores de Dilma fazem mais barulho. Ela ganhou pelo menos seis vídeos de campanha no site YouTube, além de dois canais próprios para o tema, chamados Dilma2010 e AgoraeDilma13. Os clipes misturam "os melhores momentos" da ministra, com entrevistas, estatística do governo Lula e ataques aos tucanos. O vídeo mais recente, publicado em 10 e janeiro, intercala imagens da petista com a música "Musa de Qualquer Estação", de Gal Costa. Os militantes virtuais petistas também montaram blogs (Blog da Dilma 13, Dilma Presidente, Os Amigos da Presidente Dilma e Dilma é a cara).

Abertura

"Acredito que na eleição de 2010 já tenhamos uma mentalidade bem mais contemporânea quanto ao uso da internet enquanto ferramenta de discussão e propaganda política", disse à Folha Online o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto.
No final de outubro do ano passado, Ayres Britto já havia se manifestado favoravelmente à eliminação das restrições ao uso da internet e defendeu inclusive o uso da rede para realização de doações de campanha.

"Um dos aspectos mais interessantes e importantes para a campanha de Barack Obama foi a oportunidade de se contribuir financeiramente para a empreitada do candidato democrata através de seu website", destaca o cientista político Francisco Marques Jamil, da UFMG.

A assessoria de imprensa dos políticos preferiram não comentar o conteúdo reportado neste texto, por se tratar de "campanha não-oficial". O TSE informa que os casos podem vir a ser alvo de análise no futuro, por isso também não pode se declarar sobre cada um deles. Continue lendo aqui

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