O PSDB de José Serra tornou-se um dinossauro parado no século passado ao continuar defendendo a fé cega no neoliberalismo, que comprovadamente fracassou na America Latina, leste europeu e Ásia, nos anos 90.
Alia-se a isto o lobismo em favor das grandes empresas privadas e estrangeiras, tradicionais aliadas dos DEMos e tucanos. Não é apenas a Petrobras que eles bombardeiam.
Em abril passado, a ministra Dilma Rousseff decidiu reativar a Telebras, começando por fazer um levantamento das redes de fibras ópticas de outras estatais, como a Petrobrás (que tem redes próprias acompanhando oleodutos e gasodutos), para saber quais ativos de telecomunicações podem ser usados agora.
Por trás da reativação da Telebrás está a meta de reduzir o abismo digital entre as áreas urbanas e rural. Nesta região, há uma baixa penetração de computadores e de Internet por falta de infraestrutura e de interesse dos atuais provedores de serviços.
As operadoras privadas não vão levar banda larga para a periferia e para o interior do país por livre vontade, por ser menos lucrativo.
Dilma estuda fazer da Telebras o instrumento para suprir essa lacuna.
O lobby das teles privadas combate a idéia, por dois motivos:
1) quer que o governo terceirize o serviço à elas, ou seja, pague subsídios à elas para prestarem esse serviço;
2) uma rede própria do governo interligando os órgãos governamentais, corta substancialmente custos com telefonia e comunicação de dados na administração pública. E isso tira receita das teles privadas, que tem nos governos seus maiores clientes.
Tão logo a notícia chegou a público, o ex-ministro das comunicações de FHC, Juarez Quadros, já veio bombardear a idéia, dizendo que reativar a Telebras seria um retrocesso e desperdício de dinheiro público, uma vez que nas telecomunicações no Brasil não faltam investimentos privados.
Faltam sim. A oferta de tecnologia obedece o poder aquisitivo dos moradores da região, as tarifas formadas pelos tucanos são altíssimas, e a qualidade dos serviços que não foram bons, andam péssimos, com "caladões" tirando redes do ar, tanto de telefonia como de internet.
O ex-colega de ministério de José Serra, ainda sofisma: onde falta dinheiro público é, e cada vez mais, em educação, saúde e segurança pública.
Seria verdade, se a administração pública não pagasse fortunas para as teles privadas para usar serviços de telecomunicações, o que tornar-se-á bem mais econômico com uma rede própria.
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