O PAC do Saneamento de Cuiabá tem recursos de R$ 214,1 milhões ao todo, é governada pelo prefeito Wilson Santos (PSDB), e a aplicação dos recursos foi reprovada pela fiscalização da CGU (Controladoria Geral da União) em agosto de 2008.
Técnicos da CGU encontraram superfaturamento de R$ 15 milhões na prestação de contas das obras.
Em apenas um item o relatório aponta "prejuízo potencial nos tubos de ferro fundido de R$ 5.112.108,13 não detectado pela Caixa Econômica Federal em função da ausência de demonstração de análise de custos".
Além do superfaturamento, o PAC em Cuiabá não cumpre recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), e alguns itens de sua execução têm preços acima daqueles estabelecidos regionalmente pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi).
Em 2007 o TCU anulou o primeiro edital para contratação das obras, impondo recomendações para corrigir vícios. Porém a CGU constatou que prefeitura reincidiu nos mesmos vícios que motivaram a anulação do edital anterior.
O prefeito tucano alega perseguição política de Rodrigo Figueiredo, seu desafeto político, mas os números não mentem.
Técnicos da prefeitura se debruçam sobre os números para apresentar uma justificativa convincente perante a equipe de Dilma Rousseff. Se a papelada não convencer que há lisura com o dinheiro público, os recursos para Cuiabá terão que ser bloqueados.
Miriam Belchior, assessora de Dilma Rousseff, encarregada de depurar as centenas de denúncias de má aplicação dos recursos do PAC Brasil afora, não se sensibiliza com argumentos de perseguição política para encobrir atos de corrupção.
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