quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

PAC terá R$ 1 trilhão em obras

Presidente Lula discursa na inauguração da Escola Estadual Luiz Carlos da Vila, em Manguinhos


Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anuncia hoje que Programa de Aceleração do Crescimento dobrará de tamanho. Meta é ampliar investimentos públicos e aguçar o interesse da iniciativa privada para a infraestrutura



Hoje, ao apresentar o balanço oficial de dois anos do PAC, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciará uma nova meta de investimentos públicos e privados até 2010. Segundo fontes do Palácio do Planalto, o valor será de R$ 1,15 trilhão. Em janeiro de 2007, era de R$ 503,9 bilhões. No fim do ano passado, passou para R$ 636,2 bilhões graças à inclusão de novas obras. O reforço orçamentário no PAC foi apresentado por Dilma a Lula e aos colegas de primeiro escalão na reunião ministerial de segunda-feira passada.

“O momento é de crise. Temos de gastar o que for preciso e criar muito mais postos de trabalho”, disse Lula na reunião com os ministros. Na ocasião, o presidente também pediu aos auxiliares que invistam mais e mais rápido. Chegou a sugerir que convençam os empresários a instituir turnos de trabalho até de noite, para estimular a geração do emprego.

Candidatura

Dilma e uma das apostas para torná-la candidata competitiva na sucessão presidencial de 2010, o PAC ganhará corpo porque envolverá mais projetos. Foram incluídos no programa, por exemplo, investimentos para exploração de petróleo na camada do pré-sal, obras em drenagem urbana, saneamento e habitação, além de concessões de trechos de rodovias e ferrovias.

O balanço tem o objetivo de mostrar um governo em permanente reação aos efeitos negativos da crise. Na avaliação do Planalto, o discurso oficial foi assimilado pela população, que reconheceria um esforço do Presidente para preservar os empregos e a atividade econômica.

Por isso, alegam ministros, a aprovação popular do governo e do próprio Lula estaria batendo recordes sucessivos. Na cerimônia de hoje, Dilma tentará rebater a acusação de que o PAC ainda não saiu do papel. Para tanto, fará uma comparação entre as execuções em 2007 e 2008.

A ministra dirá, por exemplo, que o programa pagou R$ 11,32 bilhões no ano passado, dos quais R$ 3,76 bilhões com recursos do Orçamento da União de 2008 e R$ 7,56 bilhões com os chamados restos a pagar. O valor é 55% maior do que o registrado em 2007. Os dados foram colhidos no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). (Release de notícias PAC)

O número

Investimento público
R$ 503,9 bilhões
foi o orçamento do PAC em janeiro de 2007

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