sábado, 7 de janeiro de 2012

Quando Serra era governador,culpava a natureza por enchentes em SP. Agora, culpa Dilma

Geraldo Alckmin entregou ontem à tarde 784 moradias do programa de reassentamento de famílias que vivem em áreas de risco na Serra do Mar. Horas antes, José Serra deu entrevista em que citava o projeto como exemplo mundial de prevenção às chuvas e criticava o governo federal.

Vamos recordar? José Serra (PSDB), pediu para a população rezar contra enchentes


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), culpou a natureza pelo caos ocorrido em São Paulo na época em que ele era o governador, em decorrência das chuvas. "Foi uma chuva inusitada. Mesmo que estivesse tudo impecável seria inevitável haver problemas graves. [...] Temos que rezar para que isso não se repita", disse o governador em entrevista


Para se ter uma ideia, conforme o Plano de Microdrenagem do Alto Tietê, de 1998 (elaborado há 13 anos!), para São Paulo se livrar dos alagamentos seriam necessários mais 91 piscinões a um custo total de R$ 3,6 bilhões. Entre 2007 e 2010 (gestão Serra) os recursos aplicados para todas as ações no programa de infraestrutura hídrica de saneamento e combate às enchentes foi de apenas R$ 615 milhões, ou seja, praticamente seis vezes menos do que seria necessário apenas para a construção dos reservatórios.

Verbas cortadas

Ainda no período de 2007 a 2010 houve corte de R$ 20 milhões para serviços e obras na Bacia do Alto Tietê e não foi investido um centavo sequer em estudos de macrodrenagem, apesar de nos orçamentos destes anos estarem previstos recursos que totalizavam R$ 44 milhões para este fim. Os dados são do SIGEO – Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária do Governo do Estado.

Para agravar ainda mais a situação, na última semana, o governo do Estado interrompeu a licitação de mais um piscinão – Jaboticabal – previsto para ser construído em área historicamente afetada por enchentes, como a Avenida Guido Aliberti, em São Caetano, e o Km 13 da Via Anchieta, em São Bernardo. O reservatório é reconhecido como o maior instrumento para conter enchentes no Grande ABC e em parte da Capital, o que beneficiaria cerca de meio milhão de pessoas.

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