As aprovações do Orçamento de 2012 e das contas de 2010 da gestão José Serra/Alberto Goldman encerraram um dos anos legislativos mais tumultuados para os 94 deputados estaduais.
A Assembleia Legislativa passou os últimos meses em meio a acusações de venda de emendas, feitas por um dos próprios integrantes da base aliada.
Também figuraram no noticiário pagamentos indevidos à empresa que operava a TV do Legislativo, de funcionários fantasmas, uso irregular de PMs e a falta de transparência nas ações da Mesa Diretora; o próprio presidente Barros Munhoz (PSDB) foi alvo de ação do Ministério Público em março, por corrupção quando era prefeito de Itapira
“Em 2011 a Assembleia conseguiu ser pior que nos outros anos. Ela precisa acordar, para não se esvaziar com a subserviência que se presta ao Executivo”, diz o líder do PDT, Major Olímpio. Ao lado de Carlos Giannazzi (PSOL), em 2011, o pedetista fez oposição ferrenha ao governo e ganhou apelido de “franco-atirador” pelas denúncias contra a Mesa Diretora.
Ao fazer balanço do ano legislativo, Olímpio cita a denúncia de vendas de emendas, feita pelo petebista Roque Barbiere, como único ponto positivo. “Resultou em transparência”.
O líder da bancada petista, Ênio Tatto, também critica a influência do governo nos trabalhos do Legislativo. Em nota, Tatto diz que em 2011 “prevaleceu a subordinação da maioria ao governo e a velha tática de blindar o Executivo e ocultar desvios.”
Mil maravilhas
Entre os governistas, a visão é outra. Fora as denúncias de Barbiere e problemas de transparência, o líder do governo, Samuel Moreira (PSDB), vê em 2011 ano “altamente positivo”.
Sobre as acusações veiculadas na imprensa, Moreira acredita que “a Assembleia soube responder de forma adequados a todos as denúncias veiculadas pelo jornais”.
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