sábado, 30 de julho de 2011

Lula nega ideia de voltar em 2014 e ironiza Serra


No segundo dia de compromissos no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a intenção de voltar a disputar as eleições de 2014 e disse que a presidente Dilma Rousseff só não será candidata à reeleição se não quiser. Lula respondeu a um comentário do tucano José Serra, que apostou em nova candidatura do petista.

"O Brasil tem candidata em 2014, chamada Dilma Rousseff. Ela é presidente do País, vai fazer um governo extraordinário e só há uma hipótese de ela não ser candidata: ela não querer", disse Lula em entrevista ontem, depois de palestra a alunos da Escola Superior de Guerra (ESG).

O ex-presidente ironizou Serra. "Ele não está conseguindo resolver o problema dele com Aécio (Neves, senador tucano por Minas Gerais) e vem querer resolver o problema do PT? O Serra deve estar mais preocupado em saber se ele é candidato do que se eu sou. Ele que se incomode com ele e pode deixar que eu tomo minhas decisões. Já cumpri minha tarefa neste País."

Jobim. Lula chegou à ESG acompanhado do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que na semana passada revelou ter votado em Serra, de quem é amigo, e não em Dilma. Além de citar Jobim várias vezes na palestra, o ex-presidente minimizou o episódio. "Jobim não foi convidado para o meu governo por causa do voto dele, mas pelo que poderia fazer pelo Ministério da Defesa. Era o único que eu via em condições de construir o Ministério da Defesa. Em quem ele votou é irrelevante. Está cheio de gente que votou no Serra e gosta de mim; pode ter gente que votou em mim e não gosta mais de mim, gosta do Serra". Lula volta hoje ao Rio, com Dilma, para o sorteio dos grupos das eliminatórias da Copa do Mundo. Na palestra na ESG, ele voltou a dizer que a oposição torce contra o governo. "Eles estão torcendo para a inflação voltar, para o desemprego aumentar", disse. E repetiu a tese de que os adversários tentam criar intriga entre ele e Dilma.

Prévias. Em meio à discussão do PT sobre as prévias no partido, Lula deu a entender que prefere uma saída negociada. "Eu propus prévia no PT em 1991, então não posso ser contra". Sobre a definição do candidato petista para 2012 em São Paulo, declarou que o PT " tem um bom problema: excesso de candidatos. Isso é bom. Vai prevalecer o bom senso e vamos indicar quem tiver mais condições".

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