terça-feira, 2 de novembro de 2010

Tucanos vivem ressaca eleitoral 43,95%

O PSDB vai esperar até a próxima semana para avaliar melhor a derrota no segundo turno das eleições presidenciais. Até lá, poucos tucanos têm falado sobre a vitória de Dilma Rousseff (PT), no último domingo, e evitam, especialmente, comentar a situação futura de José Serra. A preocupação mais urgente do presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), é aparar algumas arestas herdadas do processo eleitoral, principalmente uma criada pelo ex-secretário do governo paulista Xico Graziano, que insinuou, via internet, que o exgovernador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) não atuou com afinco a favor da eleição de Serra.

Ainda em São Paulo, Sérgio Guerra tentou minimizar a crítica velada feita por Graziano a Aécio, defendendo o ex-governador mineiro. 'O Xico é um companheiro nosso, um grande quadro, mas está completamente equivocado", afirmou o presidente do PSDB. "Não falei com ele, mas ele está errado. Todos trabalhamos pela eleição do Serra, inclusive o exgovernador Aécio Neves, e com muita força e muita determinação. Acho que o Xico cometeu uma injustiça", acrescentou o senador pernambucano.

DEM

Enquanto o PSDB começa a avaliar os estragos causados pela derrota para Dilma Rousseff e tenta apaziguar os ânimos internos, o DEM avalia que, mesmo sendo minoria agora, pretende manter o método de atuação. "No conjunto, vamos seguir nossa luta oposicionista e de combate", anunciou o líder do Democratas na Câmara, Paulo Bornhausen (SC). Para ele, quem deve definir uma nova postura é a candidata eleita, Dilma Rousseff. "Trata-se de um governo de continuidade. E torcemos que possa mudar sua relação com o Congresso. Em vez de discutirmos questões como a dos mensaleiros, que tenhamos a oportunidade de debater apenas temas importantes para o país, dentro de uma forma a mais republicana possível", disse Bornhausen.

Já o PSDB pretende fazer uma "oposição responsável", segundo Guerra, sem adotar posições radicais. "Acho que a Dilma não terá a facilidade que o Lula teve no Congresso".

Guerra ainda frisou que, apesar de discordar de Lula em vários pontos, considera o presidente um fenômeno. Ele tem muito talento, imensa simpatia e habilidade extrema. A Dilma vai ter que se superar.

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