O chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, negou ontem que tenha se reunido com integrantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e ameaçado revisar o acordo entre o Brasil e o Vaticano, caso não cessassem os ataques à presidenciável petista, Dilma Rousseff.
Ele afirmou que essa "é mais uma acusação mentirosa devido ao processo eleitoral".
O secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Dimas Lara Barbosa, também negou o encontro e a suposta ameaça.
Por meio da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho repudiou a notícia - publicada por agências internacionais - e qualquer tentativa de criar uma situação de atrito entre o governo e a Igreja Católica. Ele disse ainda que o acordo foi aprovado pelo Congresso e não tem relação com a campanha eleitoral.
Para Marco Aurélio Garcia, estão fazendo terrorismo O acordo foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Papa Bento XVI, em 2008, e regulamenta aspectos jurídicos da Igreja Católica no país, incluindo isenções fiscais, liberdade de credos e ensino religioso nas escolas públicas.
Dom Dimas foi enfático ao negar que o chefe de gabinete tenha feito qualquer ameaça: - Eu não recebi nada a esse respeito. Fiquei surpreso com a notícia. Não houve ameaça.
Isso seria a última coisa que alguém anunciaria em plena campanha presidencial. Eu diria que esse seria um tiro no pé - disse.
Amigo de Gilberto, o secretáriogeral da CNBB informa que desde que começou a eleição não se encontrou com o chefe de gabinete. Foi Gilberto quem escreveu o perfil de Dimas, quando o bispo foi considerado pela "Época" um dos cem brasileiros mais influentes em 2009.
O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que os acordos internacionais têm a chamada cláusula de denúncia, mas que o governo não tem qualquer intenção de revisar o tratado. Marco Aurélio disse que o Estado é laico e deve ser preservado dessa forma: - Isso que estão fazendo se chama terrorismo. E é muito grave porque fere o sentimento religioso da sociedade e introduz uma coisa que não temos aqui no Brasil, que é a divisão religiosa.
Ontem, a Catholic News Agency publicou em seu site que o Brasil ameaçava rever acordos com o Vaticano se a candidata do PT continuasse a ser pressionada sobre a questão do aborto. O texto citava uma nota da agência de notícias italiana Ansa, que por sua vez remetia ao "Valor Econômico".
Padres e bispos que estão fazendo campanha mentirosa contra Dilma e desrespeitando a orientação da CNBB estão desodecedendo o voto de fé que é o da obediência,ou seja, quando se ordenam sacerdote eles juram esse voto perante Deus e a Ígreja. Eles tem que ser expulsos e renegados.
ResponderExcluirOu a CNBB vem à TV se manifestar em relação a tudo isso que está acontecendo ou não vai adiantar nada. A verdade sobre esses boatos deve ser esclarecida na televisão. Somente assim atingirá a todos os cidadãos-eleitores. Se não fizer, não somente a Dilma perderá a eleição, mas a Igreja sofrerá um prejuízo incalculável. Não adiante divulgar nota em jornais e na internet. Tem que fazer na TV ou não surtirá efeito.
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