Chega com atraso, mas chega, o custo da demagogia eleitoreira do prefeito Gilberto Kassab, que manteve congelada por três anos a tarifa dos ônibus em São Paulo.
O congelamento foi uma das principais bandeiras da campanha à reeleição do democrata, que cumpriu a promessa de não reajustar o preço em 2009.
Só que em 2010, o reajuste, de R$ 2,30 para R$ 2,70, superou a inflação acumulada desde 2006, quando tinha acontecido o último aumento.
E pela proposta de Orçamento para 2011 da Prefeitura, o próximo aumento também estará acima da inflação --a passagem deve subir de R$ 2,70 para R$ 2,90.
Assim, a prefeitura tenta diminuir o que gasta em subsídios às companhias de ônibus para políticas como o Bilhete Único, a gratuidade para idosos e o desconto de 50% para estudantes.
Só que esses subsídios, de centenas de milhões de reais, também são pagos pelos contribuintes, com o dinheiro dos impostos.
Ou seja: a população pagou para manter a tarifa dos ônibus congelada e agora vai pagar de novo quando ela for reajustada. A única diferença é que agora Kassab não tem nenhuma reeleição no horizonte.
Antes mesmo do reajuste, o preço atual da passagem em São Paulo já é o mais caro entre todas as capitais brasileiras.
Se pelo menos o aumento viesse acompanhado de clara melhoria na qualidade do transporte, mais conforto e melhores corredores, a elevação ainda poderia ser justificada.
Mas, infelizmente, não é o que se tem observado nos últimos anos. E nada indica que a vida do passageiro vai mudar agora.
Da minha parte vou ficar só curtindo vendo os trochas eleitores deslumbrados do DEM se esfolando nos ònibus lotados e de bolsos vazios o eleitor burro merece.
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