Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, era o nome ideal para sucedê-lo no Palácio do Planalto, nem mesmo os mais otimistas militantes do Partido dos Trabalhadores imaginavam que a candidata petista estaria tão bem nas pesquisas a pouco menos de quatro meses das eleições presidenciais. O levantamento realizado pelo CNI/Ibope, divulgado na última quarta-feira, pegou de surpresa os coordenadores da campanha da ex-ministra. Eles não esperavam, nesse momento, um desempenho tão bom da presidenciável. A vantagem de cinco pontos percentuais sobre o tucano José Serra é uma clara demonstração de que o planejamento da campanha de Dilma vai de vento em popa, enquanto a do ex-governador de São Paulo esbarra em sucessivos problemas.
Os tucanos viram a campanha de José Serra desandar quando o mineiro Aécio Neves rechaçou a possibilidade de ser vice na chapa. O ex-governador de Minas Gerais era o nome considerado ideal porque, segundo acreditavam integrantes do PSDB, seria decisivo para a vitória no estado, o segundo maior colégio eleitoral do país, com mais de 14 milhões de eleitores. Com a resposta negativa de Aécio, a demora na indicação de outro nome irritou partidos aliados e membros da própria legenda.
A situação ficou ainda mais complicada com o anúncio, na sexta-feira, de que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) era o escolhido por Serra. O DEM, presidido pelo deputado federal fluminense Rodrigo Maia, ameaça romper a aliança se não puder indicar o nome para a chapa.
Maia diz que a legenda só aceitaria uma chapa "puro sangue" se o nome do vice fosse o de Aécio Neves. Para tentar resolver a crise na campanha tucana, uma reunião será realizada amanhã entre os integrantes do PSDB, DEM, PPS e PDT. Os tucanos voltarão a defender o nome de Álvaro Dias.
Para o deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA), um dos principais aliados de José Serra no Congresso, esses impasses são naturais e a campanha tucana corre ELEIÇÕES 2010 Retratos opostos Roberto Jayme/Reuters 20/2/10 Os petistas avaliam que o desempenho de Dilma vai melhorar ainda mais com a entrada de Lula na campanha, depois da Copa dentro do planejado. "É legítimo o DEM querer reivindicar um nome para a vaga, mas tenho certeza de que o interesse público nacional e o desejo de vitória levarão a uma solução positiva. Nós temos uma estratégia definida. Queremos forçar, de forma absoluta, a comparação entre Serra e Dilma. Temos um candidato preparado e que tem condições de enfrentar qualquer debate, com posições claras sobre as questões nacionais.
Quanto à Dilma, nem o PT sabe direito o que ela é", afirma Magalhães.
Crescimento Se do lado do PSDB, todos tentam dar a impressão de que a campanha de Serra vai bem, do lado petista, os coordenadores vibram com a fluência dos planos para levar Dilma Rousseff à Presidência da República. No entendimento dos dirigentes do PT, a candidata de Lula terá um crescimento ainda maior com a entrada oficial do presidente na campanha, que deve ocorrer logo após a Copa do Mundo, a partir de 12 de julho.
A ex-ministra-chefe da Casa Civil conseguiu aproveitar bem a imagem de Lula enquanto ela ainda estava no governo.
Quando Lula começar, de fato, a pedir votos para Dilma, a candidatura dela deve decolar de vez. Pelo menos, é o que acredita a liderança petista.
O presidente da legenda, José Eduardo Dutra, garante que ainda não há uma data definida para a entrada do presidente da República na campanha.
Ele também não revela se a primeira aparição de Dilma e Lula será em um evento público ou em um encontro fechado para militantes do PT. No entanto, tem certeza de que o sucesso será imediato. "O peso de Lula para a campanha de Dilma é o de quem tem 84% de aprovação do governo", ressalta.
Dutra acredita que a conciliação entre a agenda presidencial e a de campanha não será um problema para Lula. O presidente, de acordo com o líder petista, deve comparecer a eventos com Dilma somente aos fins de semana. Porém, não descarta aparições de Lula em compromissos durante a semana quando houver coincidências de cidades e horários.
"Estamos no caminho certo. Quando as alianças nos estados se consolidarem, vamos analisar o mapa político brasileiro e traçar as nossas prioridades. O presidente subirá nos palanques junto com a ministra Dilma. No entanto, a participação de Lula em eventos para ajudar candidatos a governos estaduais é uma decisão que não passa por nós, da campanha.Essa é uma decisão única e exclusiva do presidente", concluiu Dutra.Correio
Senadores do DEM-RN (José Agripino e Rosalba) “esqueceram” Serra
ResponderExcluirDEM faz convenção com alta tecnologia e esquece Serra
Se depender de seus "aliados" no Rio Grande do Norte, o candidato a presidente da República pelo PSDB, José Serra, está ferrado. Será enterrado vivo.
A Convenção Estadual do DEM no Palácio dos Esportes, hoje, mostrou que a estratégia é desconectá-lo da disputa estadual. Serra, nem pensar.
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http://marciliomoreira.blogspot.com/