A proposta de expulsão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, será avaliada no sistema de voto secreto pela Executiva Nacional do DEM. Essa modalidade abre uma brecha para que Arruda tente convencer seus companheiros de partido a absolvê-lo da acusação de envolvimento no chamado escândalo do "mensalão do DEM" sem que se exponham publicamente.
O estatuto da sigla prevê que aplicações de medidas disciplinares sejam feitas apenas com dois tipos de votação: a secreta ou por aclamação. Com 45 pessoas participando da decisão (algumas com direito a mais de um voto), somente será possível saber como cada membro da Executiva votou na hipótese improvável de a decisão ser tomada por unanimidade.
A justificativa da direção do partido para adotar o voto secreto é baseada no argumento de que é necessário evitar deslizes jurídicos no processo de julgamento para reduzir as chances de Arruda conseguir, na Justiça, reverter sua punição.
A mesma lógica fará com que a reunião da Executiva comece às 18h30 de quinta-feira, quando oficialmente se encerra o prazo de oito dias dado a Arruda para apresentar sua defesa. Assim que isso acontecer, o ex-deputado José Thomaz Nonô (AL) vai analisar a peça de defesa e fechar seu relatório. A Executiva voltará a se reunir na sexta-feira, às 9 horas, para votar o relatório de Nonô.
MOBILIZAÇÃO
Os líderes do partido estão convocando os membros da Executiva a permanecer em Brasília até sexta-feira. "Estou ligando para os deputados da bancada e pedindo para que não viajem", disse o líder o partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO).
A possibilidade de Arruda ser absolvido é considerada remota pelos integrantes da Executiva. A bancada de senadores do DEM se reuniu ontem à tarde para insistir na importância da expulsão, como forma de evitar a contaminação política de todo o partido com o escândalo do pagamento de propinas no Distrito Federal.
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