quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Bombas falharam, diz José Serra. que sumiu na enchente



José Serra o governador fujão admite problemas no Rio Pinheiros e DAEE diz que bomba a cargo da Prefeitura de seu amigo Kassab não funcionou

As causas do alagamento de ontem das pistas das marginais do Pinheiros e do Tietê passaram por falhas em bombas hidráulicas, segundo o governo do Estado. Esse tipo de problema já foi apontado em ocasiões que as vias alagaram.

A Secretaria de Saneamento e Energia do Estado admitiu uma falha no sistema de bombeamento das águas no Rio Pinheiros na Usina de Traição, com reflexos no escoamento da água do Tietê. Em nota, a secretaria afirmou ainda que esse foi o “maior problema” operacional e disse que estuda instalar duas bombas adicionais no sistema da usina. “Em média, o Rio Tietê subiu sete metros e o Rio Pinheiros, quatro metros. O maior problema no Rio Pinheiros foi com uma bomba do sistema da Usina de Traição que não funcionou”, diz o texto do governo.

A nota da pasta citou a intensidade das chuvas como uma das razões para os alagamentos nas marginais, mesmo argumento do comunicado do Kassab.

Ponte das Bandeiras

A outra falha, de acordo com o engenheiro Ubirajara Tannuri Félix, superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão vinculado à secretaria, foi constatada no sistema de bombeamento que leva ao Rio Tietê a água drenada da pista sob a Ponte das Bandeiras, na marginal. Tannuri diz ter verificado o problema pessoalmente. A manutenção é de responsabilidade da Prefeitura de São Paulo.

“As bombas deram problema. Não conseguiu operar a contento e atrasou o escoamento. A água fica na pista local, enche e consequentemente não flui o tráfego por baixo da ponte”, afirmou o superintendente do DAEE.

Segundo Tannuri, o alagamento foi agravado porque a pista da marginal naquele ponto é mais baixa. “Ali fica uma piscina e não dá para passar. Parece que o rio transbordou, mas foi a água da pista que não foi para o rio. Fui no local com técnicos da Prefeitura e constatei isso”, disse.

O transbordamento de ontem foi o segundo em três meses - o outro ocorreu em 8 de setembro. Antes disso, São Paulo passou quatro anos sem que os seus principais rios transbordassem.

Mas o alagamento anterior, que ocorreu em maio de 2005, trouxe à tona problemas com as bombas hidráulicas que ontem voltaram a protagonizar as enchentes. Na época, houve uma troca de acusações públicas entre Prefeitura e Estado sobre as responsabilidades de cada um pelos alagamentos.

O projeto de alargamento da calha do Tietê, concluído há quatro anos, já custou mais de R$ 1,7 bilhão aos cofres públicos. O superintendente do DAEE deu a entender que, sem ela, a situação seria pior. Segundo ele, por ano, são retiradas 40 mil caminhões de resíduos do Rio Tietê como forma de controlar o assoreamento.JT

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