O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de São Paulo (Crea-SP) afirmou na tarde desta segunda-feira que a hipótese "mais provável" para o desabamento da última sexta-feira no trecho sul do Rodoanel é uma falha na colocação das vigas da estrutura. Segundo o presidente da entidade, José Tadeu da Silva, a forma correta para o encaixe das peças é de cinco - duas laterais e três intermediárias, de forma que se sustentem.
Três vigas do viaduto em construção desabaram na noite do dia 13 sobre o km 279 da rodovia Régis Bittencourt (BR-116). A queda deixou três veículos destruídos e três feridos - dois homens e uma mulher. A mulher foi médicada e liberada enquanto dois homens seguem internados em hospitais paulistas.
Ainda de acordo com o Crea, tal procedimento se enquadraria em "falha de execução" do projeto arquitetônico do Rodoanel. "Qualquer deslocamento em uma estrutura de 80 toneladas pode ocasionar a queda. Estando as cinco peças encaixadas, seria muito mais difícil algo mexer", disse Tadeu da Silva.
O Crea apura em procedimento interno as responsabilidades técnicas pelo desabamento no Rodoanel. A falha de execução pode ser enquadrada como "negligência, imperícia ou imprudência". As punições no âmbito do Crea vão desde advertência reservada até a cassação do registro profissional. Assim que houver um posicionamento, o órgão encaminhará seu laudo para o poder judiciário e o Ministério Público, que anunciou uma investigação criminal sobre o acidente.
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