O DEMo César Maia, no ostracismo, transparece amargura, pessimismo, pouco entusiasmo com Aécio, e desânimo total com Serra, em uma entrevista ao portal IG. Entre suas frases sobre Serra:
Lembra os piores caudilhos.
Ele já “aprendeu a sorrir”.
Ninguém pode imaginar que um candidato de oposição vai largar na frente com 40%. Só se fosse um líder carismático, coisa que o Serra faz questão de não ser. Acho que o Serra pode partir com 30%, e o Aécio pode estar com 18% a 20%. É uma diferença extremamente aceitável. O Serra tem gordura com 40%, 35%.
A primeira obrigação de um político é conquistar a paixão de seu círculo mais próximo, para que esse círculo conquiste o segundo e daí por diante. E o Serra não tem tido essa preocupação.
Se o Serra não pode assumir a candidatura, podia colocar alguém para negociar por ele... Se chega um cara credenciado, você faz uma reunião e a coisa caminha. Serra não assume nem na frente nem por trás das cortinas.
É estranho o partido não escolher o candidato, mas o candidato escolher a candidatura [referindo-se entre Serra não se decidir entre a presidência e a reeleição ao governo paulista].
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Em 2007, ainda comando a máquina da prefeitura do Rio de Janeiro, César Maia, colocou em prática o plano de desconstruir a imagem do Presidente Lula paulatinamente para desgastar sua popularidade.
Começou arregimentando uma claque de funcionários da prefeitura, de gente à soldo de vereadores do DEMos, para vaiarem o Presidente Lula na abertura dos jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro.
Poucos dias depois, com o acidente da TAM, juntou a este movimento a Rede Globo e o resto da imprensa, fazendo exploração política da tragédia com a família das vítimas.
Em seguida veio o movimento CANSEI.
Os ataques ao governo Lula despertaram a sua base popular, principalmente na blogosfera e nos movimentos sociais, sentindo o cheiro do golpe, e a reação popular foi muito maior do que a ação das elites.
Em vez da popularidade do Presidente cair paulatinamente, só subiu e consolidou, referendada pelos bons resultados de seu governo. Uma aguerrida militância de internautas fora do período eleitoral comprou a briga e fizeram o contraponto à mídia.
O resultado foi a derrocada do DEMos, do PSDB e do PPS nas eleições municipais de 2008, inclusive com a candidata de Cesar Maia tendo votação insignificante. E ninguém, nem do DEMo se meteu a fazer campanha de oposição ao governo federal.
PPS caminha para a extinção, devendo ser absorvido pelo PSDB após 2010. O DEMos caminha para ser um partido nanico. O PSDB luta para tentar se manter como uma segunda força política.
O clima no ninho tucano caminha para o desfecho de 2006, um partido dividido, um candidato (seja qual for) com sabor de picolé de xuxu, sem empolgar seus próprios correligionários, "cristianizado".
É compreensível o desalento do cacique político decadente do DEMos.
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