Como aconteceu na pesquisa CNI/Ibope, em setembro, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff e o deputado federal Ciro Gomes (PSB- SP) aparecem com um empate técnico numa pesquisa realizada pelo mesmo instituto, encomendada pelo PSDB, mas com a provável candidata do PT à frente do socialista. Dilma surge com 17% enquanto Ciro fica com 16% das intenções de voto no cenário que tem o governador de São Paulo, José Serra, como candidato a presidente.
Aliás, a maior novidade desta pesquisa (que ouviu 2002 pessoas e tem uma margem de erro de apenas 2 pontos percentuais) é justamente Serra, que voltou para a casa dos 40% das intenções de voto, depois de ter descido para 38% na consulta anterior. Por ser encomendada pelo PSDB, a pesquisa não perde em credibilidade, mas, como tenho alertado sempre, toda consulta de opinião deve ser vista como algo relativo e não considerada como uma determinação absoluta. Até porque ainda faltam 11 meses para a eleição.
Como um dos principais interesses dos tucanos era medir a competitividade dos seus dois nomes que disputam a indicação, o Ibope montou dois cenários: um com Serra e outro com Aécio Neves, governador de Minas.O Jornal A tarde, fêz simulação. Vejam como ficaram:
Cenário 1
1º José Serra - 41%;
2º Dilma Rousseff - 17%;
3º Ciro Gomes - 16%;
4º Marina Silva (PV)
- 9%; Brancos e nulos -
9%; Não sabe - 8%.
Cenário 2
1º Ciro Gomes - 26%;
2º Aécio Neves - 19%;
3º Dilma Rousseff - 19%;
4º Marina Silva - 11%;
Brancos e nulos -
14%; Não sabe - 11%.
Como se vê, pelos números do cenário 2, Ciro Gomes continua a ser competitivo e Aécio Neves não parece mesmo empolgar o eleitorado de oposição, o que deixa José Serra numa condição cada vez mais confortável como provável candidato à Presidência.
Outro dado interessante a observar é que a senadora Marina Silva continua numa linha ascendente desde que seu nome foi lançado e pode começar a entrar nas vizinhanças dos que estão à sua frente. Ela ganhou mais força depois que a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) anunciou que não cncorrerá ao Palácio do Planalto e sim ao Senado.
E, por fim, Dilma Rousseff parou de cair, mas não cresceu (sua ascensão se deu dentro da margem de erro da pesquisa). A seu favor consta o fato de que a consulta não refletiu ainda o efeito dos últimos movimentos da ministra - vinda a Salvador e viagem pelo São Francisco - que lhe deram grande visibilidade, positiva (as entrevistas foram feitas entre os dias 1 e 5 de outubro, enquanto as viagens aconteceram depois disto).
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