quinta-feira, 9 de julho de 2009

Empresário diz ter "chumbo grosso" contra Yeda


Lúcio Constantino, advogado do empresário e réu da Operação Rodin Lair Ferst, afirmou ontem que seu cliente possui provas, em especial áudios, para sua defesa. Constantino disse que o cliente usará essas provas apenas para sua defesa na Justiça, e não para criar novos "factóides políticos". O defensor não apresentou as supostas provas.

A Operação Rodin investiga uma fraude no Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) que desviou cerca de R$ 44 milhões. Sobre a delação premiada que o cliente teria acertado com o Ministério Público (MP) - e que envolveria denúncias de caixa dois e outras irregularidades do governo estadual

"Ele utilizará essas provas na medida da imperiosidade defensiva, apoiando-se no direito constitucional da ampla defesa e não por interesses publicitários ou políticos", afirmou Lair em manifestação lida pelo advogado. Constantino considerou essas provas fartas. "No interior do Rio Grande do Sul se chamaria de 'chumbo grosso'", disse.

De acordo com o advogado, esses áudios são conversas com duração de cerca de duas horas. Constantino não explicou quem é o protagonista dos diálogos e nem o motivo da gravação, mas afirmou que eles deverão repercutir "em alguém que tenha prerrogativa de função", sem se referir diretamente à governadora, deputados ou qualquer outra pessoa eleita. Essas provas estão, segundo o advogado, em lugar seguro.

Caixa 2
Segundo reportagem do jornal Zero Hora, o empresário coordenador de campanha do PSDB em 2006 Lair Ferst, acusado de ser um dos líderes da fraude que desviou R$ 44 milhões do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS), encaminhou ao Ministério Público Federal (MPF) um documento detalhando 20 supostas irregularidades que teriam sido cometidas na campanha e no início do governo de Yeda Crusius.

As denúncias teriam sido encaminhadas pelo procurador Alexandre Schneider ao então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por meio do ofício OF/SECRIM/PRRS/Nº 2669, de 16 de abril, onde consta um texto escrito por Lair Ferst.

Ferst confirmou a existência de caixa 2 na campanha da governadora. O dinheiro do caixa dois foi recebido por Marcelo Cavalcante, ex-assessor morto em fevereiro, e por Walna Meneses, assessora de Yeda. O marido da governadora, segundo o relato de Ferst, era avisado da chegada de doações e buscava o dinheiro no comitê.

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