Ministra Dilma ironiza preconceito contra mulheres no poder
Em palestra para 120 mulheres em seminário no Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília, a ministra, Dilma, defendeu maior participação feminina na política e falou, do preconceito, sobretudo masculino, contra mulheres no poder. Para a ministra, o preconceito se manifesta de formas muito mais disfarçadas:
- Vou dar um exemplo: ele (o preconceito) dá conta do fato de que, em condições de poder, a mulher deixa de ser vista como objeto frágil, e isso é imperdoável. Este objeto frágil, quando não está fragilizado, é imperdoável que seja frágil - disse, ironizando:- Aí começa a história das mulheres duras. Sempre que me perguntam sobre mulheres duras, falo: é verdade, sou uma mulher dura, cercada de homens meigos. Porque o homem não é duro. Eles mandam e desmandam e são suaves e meigos.
Ao defender maior participação feminina no processo eleitoral, disse que é preciso que a "mulher coloque a cabeça para fora". Citou funções que devem ser disputadas pelas mulheres. A ministra, que cumpre esta semana agenda fora do seu gabinete no Planalto, lembrou sua trajetória de luta contra a ditadura e disse que, naquela época, diante da repressão, homens e mulheres foram tratados de forma igual com base na violência - a própria Dilma esteve presa e foi torturada.
- Nós nos afirmamos naquela época numa situação de igualdade muito perversa. A igualdade naquele momento era o fato de que as discriminadas, que éramos nós, tinham tratamento indiscriminado de violência. Ou seja: sobre nós, de forma bastante indiscriminada, se abateu a violência que se abateu sobre os homens. É interessante destacar que não houve, rigorosamente falando, em relação às mulheres, tratamento especial - relembrou, para concluir: - A violência que bate em Pedro bateu em Maria.
Não me recordo de alguma celeuma relativa ao Governo de Tatcher na Inglaterra, muito menos a daquela terrível Imelda Marcos. Mas é assim mesmo, é lá "dos estrangeiro", lá pode.
ResponderExcluirEm pleno século XXI levantar a questão de mulher no poder soa mais do arcaico. Talvez este barulho seja para esconder o ruído dos tratores trabalhando, das colhedeiras, das paltaformas, das obras...Talvez assim esperam encobrir o barulho do Brasil crescendo. Com crise mesmo, mas em meio a milhões de hectares de terras cultiváveis, a tantos para plataforma continental.
Por mais esforço que façam para nos diminuir, somos "gigantes pela própria natureza".