quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Dilma trabalha, a oposição chora


A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef afirmou ontem que a representação ajuizada pelo partido Democratas no Tribunal Superior Eleitoral, alegando "exposição ostensiva" da ministra, é uma tentativa de "interditar o governo". A ministra rebateu acusações de uso da máquina federal para a promoção de sua eventual candidatura: "acho absolutamente incorreta essa versão de que nós estamos fazendo campanha".

Dilma, que palestrou sobre o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) na sede da Força Sindical, argumentou que as aparições são "prestações de contas", e que continuará com sua agenda pública. "O que fiz aqui foi uma explicação, e temos feito isso sistematicamente, o que é muito importante, porque devemos uma explicação. Há inclusive aqueles que dizem que o PAC não existe, que é ficção", disse.

Inaugurações

A ministra destacou que continuará com a prestação de contas, e reiterou que ela e os representantes do governo participarão das inaugurações, ressaltando que vai inclusive acompanhar o bom andamento dos projetos. "O volume das obras do governo não é só do PAC", disse a ministra, acrescentando que na recente ampliação dos investimentos do PAC foi destinada uma quantidade de significativa de recursos para governos do partido Democratas. "Nós não fazemos diferenças nos projetos do governo, não só em relação ao DEM e ao PSDB, mas para nenhum governador ou prefeito. Nós somos parceiros, pois o governo federal sozinho não faz uma obra", avaliou.

Ainda sobre a representação do DEM no TSE, Dilma frisou achar estranho que "estas tentativas sempre ocorram quando há políticas do governo sendo implementadas, políticas que beneficiam o Brasil". A ministra salientou que não acredita ser possível, num momento de turbulência, alguém ser contra iniciativas cujo objetivo é justamente combater a crise. "Não é possível apostar no quanto melhor, pior. Não é correto, porque oposição e governo estão no mesmo barco", ponderou.

Democracia

Ao ser questionada sobre manifestações públicas de apoio a sua candidatura advinda de terceiros, como fez o presidente da Força, Paulo Pereira, durante o evento, a ministra foi categórica: "eu não policio ninguém, e acho que vivo numa democracia, em que as pessoas tem o direito de se manifestar". E a ministra-chefe da Casa Civil afirmou ser "do tempo em que uma música era um crime contra a segurança nacional, mas isso não existe mais, vivemos numa democracia".

Três turnos

O investimento em obras estruturantes foi reiterado pela ministra, que ressaltou o pedido do Presidente Lula para que seja privilegiadas obras com três turnos de trabalho. "Falamos para os empresários apresentarem os projetos, gerarem os três turnos, que o governo vai garantir os investimentos"

Dilma destacou ainda que a crise gera oportunidade para o governo melhorar duas questões essenciais para o País. A primeira é baratear o custo do capital. "Temos que ajustar de uma vez por todas essa questão, que vem desde a época da alta inflação, e agora é a hora, porque há deflação de preços no mundo todo".

A segunda oportunidade para o Brasil está na ampliação dos investimentos na exploração de petróleo do pré-sal, avaliou a ministra, que pretende privilegiar as refinarias nos investimentos. "Elas geram empregos, e queremos exportar valor agregado e trabalho em cima do petróleo", concluiu.

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