Belém - Os presidentes do Paraguai, Fernando Lugo, da Bolívia, Evo Morales, do Brasil, Lula, do Equador, Rafael Correa, e da Venezuela, Hugo Chavez, participam com integrantes do Fórum Social Mundial do painel América Latina e o Desafio da Crise Internacional
Participantes do Fórum Social Mundial durante debates do painel América Latina e o Desafio da Crise Internacional
Os presidentes do Brasil, Lula; Venezuela, Hugo Chávez; Equador, Rafael Correa; Bolívia, Evo Morales; e Paraguai, Fernando Lugo, encontraram-se ontem no hotel Hilton, em Belém, para uma reunião a portas fechadas. Na chegada para o encontro, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que não há uma agenda definida, mas que não é possível fugir do assunto crise. Segundo ele, a Venezuela não será tão afetada pelo problema porque é um país socialista.
"O mundo todo está sofrendo, 50 milhões de empregos irão se perder em todo mundo, segundo as cifras mais conservadoras. Mas não tanto na Venezuela, porque faz pouco tempo que a Venezuela se desenganchou do capitalismo internacional dirigido pelos Estados Unidos. Mas somos um país dessa comunidade e também somos afetados. Precisamos fortalecer medidas comuns, conjuntas, para navegar com êxito a tormenta econômica que está em todo o mundo hoje", afirmou.
Depois da reunião, os presidentes seguiram para o centro de convenções de Belém, onde se encontraram com os participantes do Fórum Social Mundial, um público estimado em oito mil pessoas.
No encontro, Lula disse o que a esquerda quer ouvir: a saída para a crise global será a construção de um novo modelo de produção e de consumo, ambientalmente sustentável. Lula também disse que, graças aos avanços da esquerda, a América Latina está melhor preparada para enfrentar a crise. O presidente pediu a "unidade de ação das forças populares" para combater a crise e propôs uma cooperação entre os países amazônicos para projetos de desenvolvimento sustentável.
Dilma no Fórum Social Mundial
A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, aproveitou sua participação no FSM para promover as políticas do governo Lula. A ministra foi além da discussão sobre a participação da mulher na política, tema do debate, e defendeu o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Bolsa Família e as mudanças na política externa brasileira em relação à América Latina.
Dilma defendeu que o PAC é um plano de integração e distribuição da riqueza. "Muitos querem que o PAC seja apenas uma lista de obras. E não é. Ele é um projeto político de distribuição de riqueza, entre as pessoas e as regiões."
Recebida sob um coro de "Brasil urgente, Dilma presidente", a ministra também foi tratada como candidata à Presidência da República pela governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, e a senadora Fátima Cleide, que também participaram do debate. Em entrevista à imprensa após o debate, a ministra disse que ficou comovida e " que o Brasil está preparado para ter uma mulher na Presidência " .
Ao comentar a crise financeira internacional, Dilma disse que o Brasil será afetado, mas sem grandes impactos. "Hoje o governo tem instrumentos para combater a crise. Antes de 2002, o primeiro a quebrar era o governo que ia ao FMI [Fundo Monetário Internacional] e tinha que cortar gastos com a área social. Hoje, o governo não quebrou. O Brasil não quebrou."
Dilma lembrou o início de sua militância política, que coincidiu com o golpe militar de 1964, disse que o PT e os movimentos sociais são parte de um rio que confluiu para a eleição do Presidente lula.
A ministra afirmou que a "grande contribuição que o governo introduziu na história recente do país" foi perceber que não há crescimento econômico sem inclusão. "Colocamos o desenvolvimento da ordem dia", afirmou, ao defender o Bolsa Família.
Sobre a relação com a América Latina, Dilma disse que até 2002 o Brasil "ficou de costas" para o continente e que o atual governo passou a considerar essa política de forma focada, para estreitar relações com os países vizinhos.
A ministra também defendeu a Amazônia como um "elemento estratégico para a constituição do Brasil como nação" e citou as metas para redução do desmatamento e o grupo de trabalho formado para discutir a regularização fundiária da região como ações do governo federal para a região.
Hoje, Lula tem um encontro fechado com conselheiros internacionais do FSM. Foi o próprio Presidente quem convidou o Conselho, integrado por 165 membros, incluindo o PT.
O Conselho Internacional do FSM, composto por cerca de 130 entidades, escolheu a Pan-Amazônia - composta por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além da Guiana Francesa - para sediar o evento em 2009 em reconhecimento ao papel estratégico que a região possui, já que é uma das últimas áreas do planeta ainda relativamente preservada. (Com agências noticiosas)
"O mundo todo está sofrendo, 50 milhões de empregos irão se perder em todo mundo, segundo as cifras mais conservadoras. Mas não tanto na Venezuela, porque faz pouco tempo que a Venezuela se desenganchou do capitalismo internacional dirigido pelos Estados Unidos. Mas somos um país dessa comunidade e também somos afetados. Precisamos fortalecer medidas comuns, conjuntas, para navegar com êxito a tormenta econômica que está em todo o mundo hoje", afirmou.
Depois da reunião, os presidentes seguiram para o centro de convenções de Belém, onde se encontraram com os participantes do Fórum Social Mundial, um público estimado em oito mil pessoas.
No encontro, Lula disse o que a esquerda quer ouvir: a saída para a crise global será a construção de um novo modelo de produção e de consumo, ambientalmente sustentável. Lula também disse que, graças aos avanços da esquerda, a América Latina está melhor preparada para enfrentar a crise. O presidente pediu a "unidade de ação das forças populares" para combater a crise e propôs uma cooperação entre os países amazônicos para projetos de desenvolvimento sustentável.
Dilma no Fórum Social Mundial
A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, aproveitou sua participação no FSM para promover as políticas do governo Lula. A ministra foi além da discussão sobre a participação da mulher na política, tema do debate, e defendeu o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Bolsa Família e as mudanças na política externa brasileira em relação à América Latina.
Dilma defendeu que o PAC é um plano de integração e distribuição da riqueza. "Muitos querem que o PAC seja apenas uma lista de obras. E não é. Ele é um projeto político de distribuição de riqueza, entre as pessoas e as regiões."
Recebida sob um coro de "Brasil urgente, Dilma presidente", a ministra também foi tratada como candidata à Presidência da República pela governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, e a senadora Fátima Cleide, que também participaram do debate. Em entrevista à imprensa após o debate, a ministra disse que ficou comovida e " que o Brasil está preparado para ter uma mulher na Presidência " .
Ao comentar a crise financeira internacional, Dilma disse que o Brasil será afetado, mas sem grandes impactos. "Hoje o governo tem instrumentos para combater a crise. Antes de 2002, o primeiro a quebrar era o governo que ia ao FMI [Fundo Monetário Internacional] e tinha que cortar gastos com a área social. Hoje, o governo não quebrou. O Brasil não quebrou."
Dilma lembrou o início de sua militância política, que coincidiu com o golpe militar de 1964, disse que o PT e os movimentos sociais são parte de um rio que confluiu para a eleição do Presidente lula.
A ministra afirmou que a "grande contribuição que o governo introduziu na história recente do país" foi perceber que não há crescimento econômico sem inclusão. "Colocamos o desenvolvimento da ordem dia", afirmou, ao defender o Bolsa Família.
Sobre a relação com a América Latina, Dilma disse que até 2002 o Brasil "ficou de costas" para o continente e que o atual governo passou a considerar essa política de forma focada, para estreitar relações com os países vizinhos.
A ministra também defendeu a Amazônia como um "elemento estratégico para a constituição do Brasil como nação" e citou as metas para redução do desmatamento e o grupo de trabalho formado para discutir a regularização fundiária da região como ações do governo federal para a região.
Hoje, Lula tem um encontro fechado com conselheiros internacionais do FSM. Foi o próprio Presidente quem convidou o Conselho, integrado por 165 membros, incluindo o PT.
O Conselho Internacional do FSM, composto por cerca de 130 entidades, escolheu a Pan-Amazônia - composta por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além da Guiana Francesa - para sediar o evento em 2009 em reconhecimento ao papel estratégico que a região possui, já que é uma das últimas áreas do planeta ainda relativamente preservada. (Com agências noticiosas)
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