terça-feira, 18 de agosto de 2009

Coisa estranha:Tucano Sérgio Guerra pede para Sarney ficar

Em discurso conciliador, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), foi à tribuna do Senado nesta terça-feira para dizer que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), não deve ser cassado pelos colegas independentemente das denúncias que surgem contra ele nos últimos meses.

Guerra evitou repetir o pedido de afastamento de Sarney, pressionado pelo PSDB com nove representações no Conselho de Ética da Casa por acusação de quebra de decoro. Todas as ações já foram arquivadas sumariamente pelo presidente do órgão, Paulo Duque (PMDB-RJ), suplente do suplente do governador Sérgio Cabral.

"É claro que o presidente Sarney sofre um ataque muitas vezes injusto. Tudo que acontecer com ele, comigo ou com outros senadores é questão pública. Mas se vamos cassar alguém? É claro que não. Se vamos discutir esses fatos? É claro que sim", disse o tucano, que se diz "antigo amigo pessoal" do peemedebista.

Ao tratar do tom incisivo de outros colegas, inclusive do seu próprio partido, Guerra afirmou que foi um dos últimos senadores tucanos a apoiar o pedido de afastamento de Sarney. Para ele, as denúncias contra qualquer homem público devem ser avaliadas pela Justiça, sem que esse corra o risco de perder seu mandato ou o cargo ao longo do processo apenas por pressão política.

Guerra ponderou que apesar de sua estima pessoal pelo presidente do Senado, não mistura a relação pessoal com a política. Tanto é assim, disse ele, que apoiou Tião Viana (PT-AC) na eleição para a presidência da Casa no início do ano.

"Tenho muita estima pelo presidente José Sarney. Ele tem uma biografia. Eu o conheci há muitos anos. É um homem democrático. Deu várias lições aos brasileiros, dirigiu uma mudança dramática. Sempre foi cordial, civilizado, tem o respeito do povo. É um brasileiro que merecia uma boa imagem do seu país", afirmou.

Ao fim do discurso do presidente do PSDB, que mereceu comentários de vários parlamentares durante a sessão, Sarney afirmou que o discurso de Guerra se constitui "em um verdadeiro código de ética" para os senadores.

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