quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Governo federal deu à Bahia nova perspectiva sobre mobilidade urbana e segurança hídrica


Para a presidenta Dilma Rousseff, a obra de construção do metrô de Salvador marca a mudança de concepção da mobilidade urbana no País. “Durante muito tempo no Brasil o metrô foi obra de poucos ou para poucos. Era considerada obra para país rico e devíamos nos contentar com ônibus. Nós mudamos essa concepção. As cidades cresceram e o transporte público exige um investimento de recursos mais qualificado. Metrô é coisa de país continental com grandes cidades espalhadas. Essas cidades exigem uma grande estrutura de transporte urbano”, afirmou a presidenta que inaugurou, em junho deste ano, o metrô de Salvador.

O primeiro trecho do metrô da capital baiana, que já foi inaugurado, tem cerca de sete quilômetros. O projeto, orçado em R$ 5 bilhões, prevê a implantação de duas linhas. Com 17km de extensão, a primeira ligará o centro e a região norte da capital. A segunda linha terá 21km e fará o transporte de usuários do aeroporto até a cidade de Lauro de Freitas (na Grande Salvador). A expectativa é a de que o metrô esteja em pleno funcionamento no ano de 2017.

O metrô é apenas uma das obras de mobilidade urbana em que o governo Dilma está investindo para garantir melhor qualidade de vida e rapidez nos deslocamentos para a população da Bahia, que, com mais de 15 milhões de habitantes, é a maior da Região Nordeste e a quarta maior do Brasil. Segundo a presidenta, as grandes cidades brasileiras exigem uma estrutura de transporte urbano correspondente.

Neste setor, o governo federal destinou R$ 7,78 bilhões à Bahia, sendo que R$ 3,7 bilhões foram do Orçamento Geral da União e outros R$ 2,2 bilhões em financiamentos. Houve também contrapartida de R$ 1,8 bilhão do estado, de municípios e de investidores privados. Foram beneficiados os municípios de Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista.

Entre os investimentos do governo federal na Bahia está a Via Expressa Baía de Todos os Santos, que criou rota direta entre a BR324 e o porto de Salvador, melhorando o trânsito e tornando o transporte de cargas mais rápido. São dez faixas de tráfego, sendo quatro exclusivas para veículos de carga, três túneis, 14 elevados, duas passarelas, além de ciclovia, pista de rolamento e passeios. Dos R$ 450 milhões investido na Via Expresa, R$ 408 mi são recursos federais. Entregue em novembro do ano passado, é a maior obra viária em Salvador em 30 anos e reduz em quase a metade o trajeto até o porto, maior do Nordeste na movimentação de contêineres.

Em transporte sobre trilhos, o investimento vai tornar possível a implantação de 70,2 km entre metrô, trem urbano e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) metropolitano. No transporte sobre rodas, são 57,8 km, sendo 22km de BRT (Bus Rapid Trafic) e 27,8 km de corredores de ônibus. Foram realizadas, ainda, intervenções viárias como a implantação de sistemas de micro acessibilidade e rotas de pedestres no entorno da Arena Fonte Nova.

Mobilidade no interior

Em cidades com menos de 50 mil habitantes o governo tem entregado um kit de equipamentos, com máquinas que reforçam a conservação e recuperação das estradas vicinais. “Municípios com menor população também precisam de mobilidade, pois por essas estradas passam ônibus escolares, ambulâncias e safra”, afirmou Dilma.

Para a Bahia, o governo federal já entregou 1.777 equipamentos, beneficiando 397 municípios, sendo 293 afetados pela seca. Foram 397 retroescavadeiras, 397 motoniveladoras, 397 caminhões caçamba, 293 caminhões pipa e 293 pás carregadeiras, totalizando R$ 487,2 milhões em investimentos.

Segurança hídrica
O acesso à água é uma preocupação fundamental do governo federal. Além de ações emergenciais, foram desenvolvidas também obras de infraestrutura para tornar as situações emergenciais cada vez mais raras.

O estado da Bahia teve 283 municípios com situação de emergência reconhecida entre 2012 e 2014 e recebeu, como medida emergencial, o repasse de R$ 35 milhões do governo federal para socorro e assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais. O governo federal desenvolveu um programa envolvendo 1.635 proprietários de carros-pipa em 163 municípios, o governo do estado contratou outros 463 pipeiros para atuarem em 226 municípios.

A Bahia também foi contemplada com a instalação de 341 poços e, por meio do Programa Água para Todos, implantou 205 mil cisternas, das quais 182 mil de água para consumo humano e 23 mil para produção e outros usos

Foram construídos, ainda, 562 sistemas coletivos de abastecimento de água; 37 barreiros, que são reservatórios para armazenamento da água de chuva para irrigação de culturas durante estiagens prolongadas, entre os períodos de chuva; e 436 kits de irrigação instalados. Os investimentos nessas ações ultrapassam os R$ 129 milhões.

Afetados com frequência pelos efeitos da seca, 111,5 mil produtores rurais de 148 municípios receberam a Bolsa Estiagem e outros 146,8 mil agricultores de 169 municípios foram beneficiados com o Garantia Safra.

Mas, foi dentro do PAC Seca que a maior parte das ações estruturantes foram realizadas no estado. No total, os investimentos superam R$ 905 milhões em 38 obras, como a ampliação de sistemas de abastecimento de água em Euclides da Cunha e Monte Santo, Andorinha, Vitória da Conquista, Belo Campo e Tremedal; a construção da barragem do Rio Catolé, em Vitória da Conquista; a construção da barragem Baraúnas; e a implantação de Sistemas de Abastecimento de Água em Araci, Boa Nova, Caetité, Campo Alegre, Remanso, Cotegipe, Curaçá, Inhambupe; entre outras.

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