sábado, 20 de setembro de 2014

Brasil será segundo maior mercado produtor mundial de biodiesel


A presidenta Dilma Rousseff enviou, em maio deste ano, Medida Provisória elevando a adição obrigatória de biodiesel ao diesel para 6% a partir de julho, e para 7% a partir do dia 1° de novembro. O objetivo é fortalecer a indústria nacional de biocombustível, assegurando mercado e melhorando a rentabilidade. Com a nova regra, o Brasil se tornará o 2º maior mercado produtor mundial de biodiesel. E mais, a maior adição de biodiesel na mistura dos combustíveis também significa menos emissões de poluentes.

Cada ponto percentual representa aumento de 600 milhões de litros na demanda pelo biocombustível e a integração da matriz energética com o setor da agricultura familiar permite desenvolvimento para os produtores.

“O aumento é extremamente importante para o médio e para o pequeno produtor, porque agrega valor nos assentamentos e nas pequenas propriedades, mas também para o grande produtor, porque movimenta toda a economia, barateando o custo e, principalmente, trazendo a sustentabilidade”, disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Neri Geller.

Produção Nacional cresceu


“Nós, do Ministério da Agricultura, e todo o Governo Federal, estamos muito motivados em função da produção nacional ter proporcionado, nos últimos 12 anos, um crescimento extraordinário. Passamos de 96 milhões de toneladas para 196 milhões este ano. Portanto, em 12 anos, tivemos um crescimento de mais de 100% da produção nacional e, consequente mente, o crescimento também das exportações”, disse Geller.

Segundo o ministro, as exportações aumentaram de U$ 20 bilhões para U$ 100 bilhões, este ano. “Isso gerou muito emprego e, principalmente, gerou superávit da balança comercial, na folha de pagamento e promoveu estabilidade econômica”, disse.

O ministro ressaltou, ainda, que o Brasil tem avançado fortemente na questão do seguro, principalmente para contemplar as áreas de risco, as regiões prioritárias. “O setor tem dado uma resposta muito forte para a sociedade brasileira, ajudando nas exportações. Estamos num momento muito adequado. O mundo inteiro está aumentando o consumo de alimentos e o Brasil está aproveitando o momento para ocupar esse espaço, porque nós temos potencial de crescimento e estamos com clima adequado, com produtor muito eficiente e as políticas do governo federal têm funcionado de forma adequada para alavancar cada vez mais as exportações brasileiras”, explicou.

Para Geller, o setor vive um momento extraordinário do ponto de vista de incorporação de novas tecnologias por parte do produtor, alinhado a uma política bem definida pelo Governo Federal. “Na questão da política de crédito, houve crescimento também nos últimos 12 anos. Passamos de R$ 25 bilhões para R$ 156 bilhões de créditos, seja ele para investimentos, para custeio ou para acesso à renovação tecnológica”, exaltou o ministro, ressaltando que o governo federal tem contribuído, ainda, na resolução do problema de logística.

O Governo Federal reafirmou o compromisso em investir para melhorar as condições de armazenagem e escoamento da safra. O investimento de R$ 156 bilhões representa o maior volume de recursos da história e significa uma alta de 14,7% em relação à safra anterior. Os principais eixos do Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2014/2015, que teve início no dia 1º de julho deste ano e vai até 30 de junho de 2015, baseiam-se no apoio estratégico aos médios produtores, à modernização das propriedades rurais, à pecuária de corte e à agricultura sustentável.

Este ano, são R$ 5 bilhões para financiar a construção e ampliação de armazéns privados, com juros de 4% a 5% ao ano. Para garantir melhor escoamento da safra, o governo Dilma investiu, ainda, em infraestrutura, como na duplicação e modernização de rodovias, na construção de ferrovias e na melhoria das hidrovias.

Juros mais baixos


“Mas, o aumento do recurso não é só o importante. O importante é o conteúdo dos programas”, disse o ministro, em referência ao Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame Agrícola). “Nós conseguimos baixar as taxas de juros. Se pegarmos em 2000, a taxa de juros do Finame era de 11,95%. Agora, nós estamos com as taxas de juros bem abaix o da linha de inflação, de 4,5%. Então, além de financiarmos com taxas equalizadas pelo Tesouro Nacional, nós temos também viabilizado o custeio pro nosso produtor”, exaltou Geller.

O Finame Agrícola é uma linha de financiamento voltada à produção e à comercialização de máquinas, implementos agrícolas e bens de informática e automação destinados à produção agropecuária, novos e de fabricação nacional, credenciados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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