sexta-feira, 27 de junho de 2014

Dilma pede ajuda de militantes para combater campanha de 'ódio'



O ex-presidente Lula  voltou a dizer que o Brasil tem "complexo de vira-lata" e que as críticas à política econômica da presidente Dilma são infundadas. "Quando o PIB americano cai 2,9%, a imprensa fala que já há sinais de recuperação. Aqui no Brasil, não. Nós não temos o PIB que queremos, que a Dilma quer, mas diante de uma crise mundial temos que nos perguntar: em qual economia do mundo o PIB cresce mais do que o Brasil, com exceção da China?", questionou, durante convenção estadual do PT em Salvador (BA).

 Lula disse ainda que, a presidente Dilma "conseguiu gerir a crise com eficiência" e dirigindo-se à presidente e ao governador da Bahia, Jaques Vagner, afirmou que é preciso munir a militância petista e a juventude de informações para que essas pessoas possam argumentar a favor do governo. "Precisamos dar todas as informações para que ele tenha argumento de bar", disse. "Quando falarem uma mentira sobre você (Dilma), o cara que está tomando uma cervejinha tem de ter informação para rebater na hora", disse.

Lula disse que "a desgraça da mentira é que uma mentira contada muitas vezes começa a ter cara de verdade". "E como ''eles'' tem mentido o tempo inteiro, daqui a pouco tem muito jovem que se esquece como era a economia e como estava o desemprego em 2002", afirmou, referindo-se ao ano em que o PT chegou ao poder e sem citar nominalmente o governo tucano antecessor.

Usando novamente o termo ''eles'', Lula disse ainda que antes de 2002 a corrupção não aparecia nos jornais, pois "eles jogavam embaixo do tapete". "E nós tiramos o tapete da sala", afirmou.

Lula disse que o governo petista criou diversos instrumentos de fiscalização e que atualmente "só tem um jeito da pessoa não ser pega nesse País, que é não roubar". O ex-presidente afirmou ainda que "político não foi eleito para roubar, foi eleito para gerenciar os interesses públicos".

PT deverá combater a mentira e desinformação, diz Dilma

A presidente Dilma  disse, que a era do PT no governo, que começou em 2003 com o Lula, mudou a história do País, que ele é "o maior símbolo da capacidade do nosso povo" e que não há nada que possa "nos envergonhar nesses últimos 11 anos de governo", disse, durante a convenção do PT-BA, em Salvador. "Eu e Lula fizemos muitas coisas neste País e temos de nos orgulhar", completou.

Dilma ainda falou que, o pleito de outubro, quando ela concorre à reeleição, terão "momentos muito difíceis", já que os adversários apelam para o ódio, o xingamento e a política desqualificada. "Quem não tem argumentos apela. A oposição usa todos os artifícios, especialmente a mentira", disse. Para Dilma, a militância petista tem que estar "muito alerta" para combater "a mentira e a desinformação nesta eleição".

Citando a Copa do Mundo, que está sendo realizada no Brasil, Dilma afirmou que muitas pessoas pregavam que o Mundial não aconteceria ou seria um fracasso e que mentiram "sistematicamente contra a Copa". "(Diziam que) seria um fracasso porque os estádios não estavam prontos", destacou. "Todo mundo chegou aos estádios, que ficaram prontos".

Dilma falou ainda da situação dos aeroportos brasileiros e afirmou que não há registro de problemas no transporte durante o Mundial e que "os aeroportos estão aí, com voos saindo dentro da normalidade". "Em Brasília saíram 70 aviões depois do jogo (Brasil), sem nenhum atraso", afirmou.

Para a presidente, além de mentirem sobre a Copa houve também uma subestimação do povo brasileiro, "que está dando um show de bola nos estádios com nossa seleção e fora dos estádios com nossa capacidade de sermos generosos, hospitaleiros e alegres". "Temos visto cenas fantásticas de amizade entre brasileiros e turistas de todo o mundo", disse.

Dilma lembrou uma cena "fantástica e muito simbólica" que aconteceu em Porto Alegre, antes do jogo de Holanda e Austrália, quando uma banda holandesa de torcedores tocou "Aquarela do Brasil" com a banda da Brigada Militar. O vídeo, registrado por presentes, caiu na internet. "Isso só acontece aqui nesta terra, só aqui neste País".

Dilma exaltou o Estado e disse que a Bahia é a terra mãe de um Brasil que tem a diversidade e a miscigenação como características. "O Brasil começou aqui (Bahia) e quero agora que vocês me ajudem com um axé", disse aos militantes. "Estar na Bahia com essa força é muito bom, com o axé e a força que emana de cada um", afirmou.

O candidato ao governo estadual, Rui Costa, discursou antes da presidente. Ele se emocionou ao falar do seu passado humilde e lembrar a mãe que morreu de câncer. Costa levantou a bandeira da reforma política, que chamou de "mãe das reformas", e criticou a "elite brasileira" e "aqueles que não gostam de pobre". O candidato, ex-secretário da Casa Civil de Jaques Wagner, citou o Vale Cultura lançado pelo governo Dilma como exemplo de inclusão social.

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