quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dilma estuda mudar área de inteligência

A presidente Dilma Rousseff decidiu reformular a área de inteligência do governo, disputada por setores da administração e foco de instabilidade e de crises na gestão Lula.

Reportagem publicada ontem pelo Estado revelou que representantes da Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência (Aofi) foram recebidos no Planalto por subordinados diretos da presidente para reclamar da intervenção do general José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no órgão.

No encontro, eles entregaram uma carta endereçada a Dilma. A Aofi quer ter uma vinculação direta à Presidência, sem um órgão militar como intermediário.

Os arapongas defendem até mesmo que haja um assessor especial da presidente ou um secretário de Inteligência a quem responderiam diretamente.

Antes do início do governo, Dilma havia conversado com algumas pessoas sobre a possibilidade de retirar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do GSI, antigo desejo dos servidores do setor. A presidente, porém, ainda não avaliou detidamente o tema e não sabe em detalhes o que fazer com o setor, mas está determinada a promover mudanças.

Por isso mesmo, mandou que seus auxiliares diretos recebessem os representantes da Aofi porque considera importante conhecer as demandas do setor.

A presidente, conforme apurou o Estado, descarta a existência de uma rebelião na Abin, apesar de algumas insatisfações claras com as posições do general José Elito, que chegou ao posto avisando que a Abin só sai da sua subordinação se ele sair antes do cargo. Ontem, o general Elito chamou ao seu gabinete o diretor geral da Abin, Wilson Trezza, para conversar e para "tomar a temperatura da agência".

Todos os dias, na chegada ao Planalto, pela manhã, é o ministro-chefe do GSI quem recebe a presidente Dilma. Ontem não foi diferente. Mas Dilma mandou avisar que tem outras pendências à frente, antes de discutir o tema.

Até o meio da tarde de ontem, o gabinete presidencial ainda não havia procurado a associação dos servidores da Abin, que hoje já conta com cerca de 170 associados, dos 650 oficiais de inteligência do País.

Representando todos os servidores da Abin existe uma outra organização: a Asbin, que passa por uma reformulação depois de ter enfrentado problemas nas administrações passadas.

A Asbin cuida mais dos interesses dos servidores em geral e a Aofi foi criada com o objetivo de defender que a instituição se torne efetivamente uma agência de Estado.

TRECHO

"A exemplo do que é vigente nas democracias modernas, também acreditamos que o serviço de inteligência de Estado do Brasil deva ter acesso direto ao chefe de governo,
a fim de subsidiá-lo com informações sensíveis para decisões estratégicas.

Como princípio norteador, entendemos que Inteligência de Estado não deve se confundir nem concorrer com inteligência policial, militar, ou com atividade ministerial, pois ela tem como função principal gerar conhecimento politicamente isento, que identifique oportunidades e ameaças aos interesses nacionais.

A inteligência de Estado ainda é objeto de noções errôneas e refém do legado do Serviço Nacional de Informações (SNI) criado pela ditadura." Estado

2 comentários:

  1. É um absurdo discutir-se um salário mínimo de R$ 580,00 reais enquanto um político, ladrão, desonesto, etc ganha um altíssimo salário.
    Sabes quanto custa um aluguel de uma pequena casa em Campo Grande, RJ? Um local muito longe para trabalhar, 500,00. Depois fazem um teatro quando o povo vive em áreas de risco.
    Cortem os salários dos deputados, senadores, etc e aumentem esse mínimo. É uma ofensa, uma bofetada.

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  2. Enquanto o governo fala de emprego com carteira assinada a CEF aceita tercerizar emprego sem assinar carteira.
    Isto é desonesto.
    Seleciono emprego para uma empresa e todos que trabalharam em ASG para CEF nã tiveram as cateiras assinadas.
    Enquanto isto um empresário que contrata legalmente paga um imposto absurdo.

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