quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Crédito mais difícil


Preocupado com a inflação, como é seu dever, o Banco Central tomou medidas que dificultam a tomada de crédito pelos consumidores.

A maior facilidade para parcelar compras e tomar empréstimos tem trazido benefícios para a economia do país, é verdade.

Com o pagamento facilitado, aumenta a procura por bens --como carros e eletrodomésticos--, o que incentiva as empresas brasileiras a produzir mais e criar empregos.

Mas se o incentivo ao consumo é muito grande, aumentam os riscos de problemas na economia. O primeiro deles é a inflação.

As empresas, além de turbinar a produção, acabam aumentando também os preços, já que muita gente se mostra disposta a pagar mais. Se todas pensam assim, a inflação aumenta --o que já está acontecendo.

Outro risco é de que muitos tomadores de empréstimo não consigam pagar as parcelas prometidas.

Quem fica desempregado, por exemplo, tem maiores dificuldades de pagar um carro, hoje financiado em até 60 vezes.

Com as novas medidas, as concessionárias já estão cortando o número de parcelas. O prazo máximo deve cair para cerca de 40 meses. O valor de cada prestação, portanto, deve subir.

O objetivo do Banco Central é evitar um aumento nos calotes --o que traria problemas para os bancos e para a economia.

As autoridades estão corretas em tomar esse tipo de medida preventiva.

Mas cabe, antes de tudo, aos próprios consumidores terem mais cuidado com o tipo de empréstimo e de parcelamento que fazem.

Prudência não faz mal a ninguém. Dinheiro no bolso --ou seja, economizar um pouco-- também não.

3 comentários:

  1. A Dilma está começando mal ou o Presidente Lula está saindo mal, cortar créditos significa cortar empregos, acho que um aumento de juros justificaria o controle da inflação e uma reforma tributária que taxasse mais o Lucro e o capital.

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  2. Quem ainda não viu, veja esse video e se emocione com o depoimento de uma ex-beneficiária do Bolsa Familia http://www.youtube.com/watch?v=h3Swl7va0eA&feature=player_embedded

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  3. Helena
    Venho desde 2005 refletindo sobre isso. Ultimamente tenho deixado comentários que coincidem que essa sua linha de pensamento. Poupar e depois gastar.
    Lá nos sitios Vermelho e no Carta maior venho enfatizado essa que se tornou minha bandeira de atuação junto aos meus colegas professores. Nada de pagar conta ou bens com ágio, poupar sempre. Não precisamos dos bancos eles é que precisam de nós.
    Em 2005 eu me envolvi em uma atividade que nunca tinha experimentado e que mudou meu jeito de ver o capitalismo e socialismo, a atividade baseado no terceiro setor. Montei uma banca na Feira permanente de Samambaia/DF e comecei a observar como tudo aquilo funcionava.Era um laboratório.
    Errei muito e com meus erros aprendi muito, não só sobre essa atividade, mas até mesmo em como conduzir minhas aula na Secretaria de Educação e meu modo de olhar a sociedade.

    Helena minha filha, essa experiência foi tão boa para mim que hoje tenho 5 bancas em ritmo de associação ainda informal. Em 2011 montarei um escritório na periferia de Samambia e lá formalizarei primeiro a associação e quando tudo estiver pronto e auto-sustentando montarei uma cooperativa. Em 2006 eu conheci o sistema de cooperativa de créditos. É muito interessante, O caminho são as cooperativas , acredito muito nisso.
    As cooperativas funcionam para um grupo de pessoas, agora para uma parcela da população existe outro sistema , financiamento-poupador-consciente . Neste ano, Helena , venho tentando entender o tal mercado de capitais. Acho que um caminho seria a poupança consciente. Onde o poupador tenha uma idéia exata para onde vai o seu dinheiro e não pense só nos juros que vai receber. O que me levou a pensar nisso foi a dificuldade que o Lula e a área de economia teve em reativar a poupança, sendo atraente ao poupador e não atraindo capital especulativo, limitando o deposito.
    Agora o mais importante é diminuir os custos no investimento desse dinheiro na produção. Devemos pensar em diminuir o ganho do poupador para que na linha final todo mundo ganhe. Sei que é muito dificil.
    Aqui em Brasilia pretendo levar uma proposta ao Governador Agnelo meio doido e que pode ser um tremendo fracasso : A criação de uma poupança consciente no BrB. O poupador teria um rendimento menor para que o dinheiro seja aplicado na geração de emprego,renda, moradia e educação. Volto a dizer, sei que isso é muito difícil e teríamos que fazer uma campanha junto a população explicando do que se trata. A adesão pode ser insignificante e outros efeitos podem não ser previstos, contudo continuo acreditando que se a população entender esse intrincado modelo e que ela própria é a causadora do caos econômico talvez possa interferir.
    Com os meus atuais 45 anos ,tenho segundo os estudiosos mais 60 anos para tentar interferir. Acho que tenho muito tempo.

    Ana Cruzzeli
    Taguantiga - DF

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