segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MST INFORMA - Vamos eleger Dilma Rousseff presidenta do Brasil

No início do processo eleitoral deste ano, os movimentos sociais e a Via Campesina Brasil tomaram a decisão política de empenhar esforços para eleger o maior número possível de parlamentares e governadores identificados com as bandeiras populares da classe trabalhadora, com o aprofundamento da democracia e soberania brasileira e com políticas que combatam a concentração da propriedade e da renda em nosso país.
Quanto à eleição presidencial, as organizações populares que compõem a Via Campesina decidiram lutar para que não houvesse a vitória eleitoral de uma proposta neoliberal, representando pela candidatura do tucano José Serra.Passando o primeiro turno dessa campanha eleitoral, realizado em 3 de outubro, queremos, com este comunicado ao povo brasileiro, manifestar nossa decisão política frente às eleições deste ano.
Avaliação do 1º turno
As renovações que aconteceram nas Assembleias estaduais, na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, além da eleição e reeleição de governadores progressistas, são alvissareiras.
No Senado Federal, especialmente, fomos vitoriosos com a eleição de companheiros e companheiras identificadas com as nossas lutas e com a não eleição de senadores que se notabilizaram pela perseguição aos movimentos sociais, identificados com os interesses do agronegócio.
Destacamos como vitória a derrota eleitoral do governo tucano de Yeda Crusius, no Rio Grande do Sul, que se notabilizou, juntamente com o governo tucano de São Paulo, pelo controle da mídia, criminalização dos movimentos sociais e repressão à luta pela Reforma Agrária, aos movimentos de moradia e ao movimento dos professores da rede pública estadual. Em relação às campanhas presidenciais, não transcorreram debates em torno de projetos políticos e dos problemas principais que afetam a população brasileira.
A campanha de Dilma Rousseff (PT) buscou apenas, de forma pragmática, divulgar o desenvolvimento econômico e as políticas sociais do governo Lula, apoiando-se na popularidade e nos enorme índices de aprovação do atual governo. Com essa estratégia, obteve quase 47% dos votos, que foram insuficientes para vencer no primeiro turno. A candidatura de José Serra (PSDB) nos surpreendeu, não por sua identificação com as políticas neoliberais, e sim pelo baixo nível da sua campanha presidencial.
Foi agressivo e perseguiu jornalistas em entrevistas, tentou interferir em julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), espalhou mentiras e acusações infundadas.Chegou a usar a própria esposa, que percorreu as ruas de Niterói (RJ) dizendo que Dilma Rousseff “é a favor de matar as criancinhas”. Somente uma candidatura sem nenhum compromisso com a ética e com a verdade, contando com o total controle sobre a mídia, pode desenvolver uma campanha de tão baixo nível. A biografia do candidato já é a maior derrotada nestas eleições.
A candidatura de Marina Silva (PV) cumpriu o objetivo a que se propôs: provocar o segundo turno nesta campanha eleitoral. O tempo dirá se o seu êxito serviu para fortalecer a democracia ou simplesmente foi utilizada pelas forças conservadoras, para que retornassem ao governo.Já as candidaturas identificadas com os partidos de esquerda, que utilizaram o espaço eleitoral para defender os interesses da classe trabalhadora, infelizmente tiveram uma votação inexpressiva.
O descenso social que temos há duas décadas em nosso país, a fragmentação das organizações da classe trabalhadora e a fragilidade da política de comunicação com a sociedade certamente influíram no resultado eleitoral. Cabe uma auto-crítica aos partidos políticos que se limitam apenas às campanhas eleitorais para dialogar com a sociedade. E que não falte daqui pra frente trabalho de base e a formação política permanente.As eleições deste ano demonstraram o poder nefasto e antidemocrático da mídia.
Mas, por outro lado, foi potencializada uma rede de comunicadores independentes, comprometidos com a liberdade de expressão e com o direito à informação, e que enfrentam aguerridamente o monopólio dos meios de comunicação em nosso país. São avanços rumo à democratização da informação e na construção de uma comunicação democrática e plural, com a participação da sociedade.
O 2º Turno
Nós reafirmamos nosso compromisso em defesa das bandeiras de lutas da classe trabalhadora e na construção de um país democrático, socialmente justo e soberano. Independentemente do governo eleito, seja ele qual for, iremos lutar de forma intransigente pela expansão das liberdades e dos direitos democráticos oprimidos.
Vamos lutar também por mudanças nas instituições e serviços públicos, em benefício da ampla maioria da população; combater aos monopólios para o desenvolvimento com soberania e distribuição de renda; defender as conquistas trabalhistas, a redução da jornada de trabalho, o direito de greve para os servidores públicos; a Previdência Social pública, de boa qualidade, pelo fim do fator previdenciário.
Defendemos também a realização de uma reforma urbana, com moradia, saneamento básico, transporte público e segurança; a construção de serviços de saúde universal e de boa qualidade; reformas na educação pública e promoção da cultura nacional-popular com caráter universal; o fim do latifúndio, limite do capital estrangeiro sobre os nossos recursos naturais e a realização de uma Reforma Agrária anti-latifundiária; a implantação de novas relações da sociedade com o meio ambiente e efetivação uma política externa de autodeterminação, solidariedade aos povos e que priorize a integração dos povos do continente latino-americano e do Caribe.
Infelizmente, os avanços do governo Lula em direção a essas bandeiras democrático-populares foram insuficientes, em em que pese o acerto de sua política externa. Também nos preocupa constatar que, no arco de alianças da candidatura de Dilma Rousseff, há forças políticas que se contrapõem a essas demandas sociais.
Porém, temos uma certeza: José Serra, por sua campanha, pelo seu governo no Estado de São Paulo e pelos oito anos de governo FHC, tornou-se o inimigo dessas bandeiras de lutas. Pelo caráter anti-democrático e anti-popular dos partidos que compõem sua aliança eleitoral e por sua personalidade autoritária, estamos convictos que uma possível vitória sua significará um retrocesso para os movimentos sociais e populares em nosso país, para as conquistas democráticas em nosso continente e uma maior subordinação ao império dos Estados Unidos. Esse retrocesso não queremos que aconteça.Nossa posição nessa conjuntura
Assim, os movimentos sociais e a Via Campesina Brasil afirmam o seu apoio e compromisso de lutar para eleger a candidata Dilma Rousseff para o cargo de presidenta do Brasil. Queremos nos juntar aos movimentos sindicais, populares, estudantis, religiosos e progressistas para promover debates com a sociedade, desmascarar a propaganda enganosa dos neoliberais e autoritários e exigir avanços na democracia, nas políticas públicas que favoreçam a população, no combate aos corruptos e corruptores e na democratização do poder em nosso país.
Precisamos derrotar a candidatura Serra, que representa as forças direitistas e fascistas do país. Devemos seguir organizando o povo para que lute por seus direitos e mudanças sociais, mantendo sempre nossa autonomia política frente aos governos.Conclamamos a militância de todos os movimentos sociais, os lutadores e lutadoras do povo brasileiro, para se engajarem nessa luta, que é importantíssima para a classe trabalhadora.
Vamos à luta!! Vamos eleger Dilma Rousseff presidenta do Brasil.
Via Campesina Brasil
Movimento dos Atingidos por Barragens- MAB
Movimento das Mulheres Camponesas- MMC
Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil- FEAB
Assembléia Popular- PE
Centro de Estudos Barão de Itararé
Fórum Brasileiro de Economia Solidária
Marcha Mundial das Mulheres- MMM
Movimento Camponês Popular- MCP
Rede Brasileira de Integração dos Povos- REBRIP
Rede de Educação Cidadã Sudeste- RECID
Sindicato dos Engenheiros do Paraná- Senge-PR
Uniao de Estudantes Afrodescendentes-UNEAFRO

6 comentários:

  1. Mas uma declaração de apoio. Não vi nenhuma, nem a dos artistas, nem dos religiosos, nem de Gilberto Gil, nenhuma no guia eleitoral de Dilma. Enquanto isso tem programas que repe tem trechos já mostrados no 1º turno. Ou a campanha acorda ou vamos perder as eleições.

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  2. COMENTARISTA DO DEBATE:
    WILSON GOMES
    Azenha, em minha visão particular, a Dilma poderia explorar mais alguns pontos chave, que seriam:
    1- Em São Paulo há uma lista de estatais a serem privatizadas, o que indica que a afirmação de Serra é falsa, em termos de reversão da tendência de privatização. Eles continuam neo-liberais.
    2- Poderia explorar melhor os índices de desemprego da era das privatizações, que bateu records, e Serra era ministro.
    3- Poderia explorar a divida externa na era Serra-FHC em termos numéricos, que era altíssima.
    4- Poderia explorar as crises e as datas em que o Brasil caiu economicamente e a crise de 2009 em que o Brasil nada sofreu.
    5- Poderia explorar a situação lamentavel da economia em 2002, quando o Brasil foi entregue ao Lula em péssimas condições. Reverteria a propaganda de que FHC foi o verdadeiro autor do sucesso atual de Lula.
    POR QUE DILMA NÃO EXPLORA ISSO?

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  3. FOI COM MUITA TRISTEZA QUE LI SOBRE ESTES PANFLETOS DISTRIBUIDOS PELO ARCEBISPO NO INTERIO DE SÃO PAULO. TRISTEZA SIM, POR FAZER PARTE DE UMA IGREJA QUE TENTA FAZER O CONTRÁRIO DO QUE DEUS PREGA.
    DEUS É AMOR! NÃO ÓDIO!
    DEUS FALA NA BIBLIA, ATRAVÉS DE SEUS APÓSTOLOS, QUE TEMOS QUE AMAR AO PRÓXIMO, NÃO É MESMO? OU ESTOU ENGANADA?
    AÍ VEM UM BISPO, PADRE DIZER A SEUS FIÉIS QUE NÃO VOTEM EM DILMA DO PT.
    O QUE É ISSO MINHA GENTE? ONDE ESTÁ A CARIDADE DE VOCES, DEUS NÃO PREGA ISSO, PREGA? SERÁ QUE ESTAMOS FALANDO DO MESMO DEUS?
    AO INVÉS DE DE INTROMETER ONDE NÃO LHES CABE, PQ OS SEUS FIÉIS TEM DIREITO DE VOTAR EM QUEM QUISER, VOCES TEM PRIMEIRO QUE, LIMPAR AS MANCHAS ESCURAS DA NOSSA IGREJA, QUE TANTO NOS ENVERGONHAM, COMO POR EXEMPLO: A PEDOFILIA QUE IMPERA NO NOSSO MEIO, ISTO SEM FALAR, DE PADRES QUE ENGRAVIDAM SUAS FIÉIS. ESTOU MENTINDO?

    PELO AMOR DE DEUS, VOCES TEM SUAS MISSÕES DENTRO DA IGREJA QUE É EVANGELIZAR E NÃO FICAR INCITANDO OS FIÉIS CATÓLICOS A NÃO VOTAREM EM QUEM QUER QUE SEJAM.

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  4. Fico muito angustiada com tantos boatos. Fico triste por ver tantos brasileiros que ainda não são esclarecidos politicamente.
    Quem não enxerga o que o Governo LULA tem feito por todos nós, principalmente pelos mais pobres, quem não enxerga?
    Me dá arrepios só de pensar no que vai ser de mim se o SERRA ganhar. Meu Deus, temos que lutar, pedir votos, esclarecer as pessoas da necessidade de Dilma ser a Prsidenta.
    O PSDB é sujo!!!!!! Querem continuar mamando e ficando cada vez mais ricos, srá que as pessoas não enxergam isso?

    Gente, vamos sair as ruas, fale com seus vizinhos, sua família, sua empregada, seus porteiro, não vamos deixar esses "Crápulas" assumirem o Governo.
    Quanto a igreja católica, estou estarrecida. Deus prega o amor e os padres estão pregando a discórdia e o ódio. Que vergonha!!!!!!!!!!!!!

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  5. Vejam a notícia que saiu na folha on line. É bom repercutir.


    18/10/2010 - 08h48
    Gráfica de tucana fez panfletos anti-Dilma

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  6. É o que estou dizendo sempre.

    Apesar do PIG ter jogado areia nos olhos dos que mais se beneficiaram dos avanços do Governo Lula/Dilma, nós, os eleitores,
    temos que fazer o trabalho de ‘formiguinha’ e limpar os olhos deste pessoal.
    Como: Conversando/convencendo cada uma das pesoas à nossa volta, no
    relacionamento cotidiano(posto de combustível, farmácia, padaria, açougue, lotérica, vizinos e principalmente parentes)de que o Zé
    dos pedágios, representa o retrocesso e, corremos o risco da perda
    dos direitos trabalhistas(flexibilização da folha de pagamento),
    privatizações, rabo preso na justiça com 17 processos,etc..

    Ainda há tempo e ,digo-lhes, que tenho feito isto.

    É 13 e confirma em 31/10.

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