O governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB) anunciou, nesta segunda-feira(28), que irá processar a revista Veja, que, em reportagem de sua edição dessa semana, o acusou de ser funcionário fantasma da Assembleia Legislativa do Paraná. A reportagem relatou que Pessuti foi nomeado sem concurso em um ato secreto como consultor administrativo da Assembleia, a partir de 25 de maio de 2005.
Em nota oficial, o governador disse que a reportagem é mentirosa e teria tido um objetivo claramente eleitoral. No mesmo final de semana em que a revista foi às bancas, Pessuti havia decidido lançar-se candidato à reeleição, mas preferiu adiar o anúncio oficial para a próxima quarta-feira (30), prazo final para a conclusão das convenções partidárias.
Na nota, o governador alega que ingressou no serviço público por concurso, em 1979, no Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural(Emater) que, à época, era denominada Acarpa, onde foi admitido como técnico na área agrícola. Pessuti diz que, em 1983, quando assumiu o cargo de deputado estadual, solicitou licença sem vencimentos da Acarpa e, em 1989, pediu sua transferência para o quadro de servidores da Assembleia com base na legislação da época, que permitia a troca.
A reportagem da Veja também informou que o governador recebe salários de R$ 12 mil mensais sem trabalhar na Assembleia. Pessuti respondeu dizendo que, desde sua posse, no primeiro mandato de deputado estadual, não foi remunerado pela Assembleia Legislativa, estando afastado sem vencimentos.
Pessuti relata que exerceu cinco mandatos de deputado estadual e, desde 2003, está à disposição do Poder Executivo. Foi vice-governador duas vezes e, desde abril, assumiu o cargo de governador, com a licença de Roberto Requião (PMDB), que concorre ao Senado. De acordo com a nota, na implantação do Plano de Cargos e Salários da Assembleia Legislativa, em 2005, Pessuti foi efetivado e entrou no quadro de funcionários como consultor administrativo, com vencimento equivalente a R$ 2,5 mil.
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