terça-feira, 20 de abril de 2010

Lula festeja dia do índio ao lados dos índios


Ao comparecer à festa de um ano da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, o Presidente Lula prometeu para os índios levar energia elétrica à região e avisou que pretende voltar ao local até setembro, antes das eleições.

"Anotem na agenda. Eu, o ministro Temporão (da Saúde) e o nosso querido presidente da Funai voltaremos aqui para saber de tudo o que nós falamos", garantiu o presidente.

Lula disse que que é preciso fazer "mais" pelos índios e sobre vaga-lume ao citar a estrutura temporária - com luz e banheiro - montada para recebê-lo ontem. "Na hora em que eu virar as costas, vocês vão ficar no escuro outra vez, como se eu fosse um vaga-lume", comparou.

O Presidente disse ainda. "Eu já pedi para o companheiro Jucá (senador) ligar para o governador e dizer para deixar essa luz, porque chegando em Brasília vou mandar o ministro de Minas e Energia vir aqui para resolver esse problema", assegurou à plateia que o assistia sob o sol forte.

O governador de Roraima citado por Lula é o tucano José Anchieta Júnior, que defende a demarcação em ilhas e a permanência dos não-índios na região - ao contrário da decisão do Supremo Tribunal Federal.

Lula conversou com lideranças indígenas, passou boa parte da solenidade com uma indiazinha no colo, usou um cocar azul e plantou uma árvore. Ganhou um arco e flecha e ensaiou uma brincadeira de apontá-lo para os fotógrafos e cinegrafistas.

Ao reiterar que é preciso fazer mais pelos índios, Lula afirmou que quem estava dizendo aquilo não era o presidente da República cobrando de ninguém, "É o presidente da República cobrando dele mesmo. Nós precisamos fazer mais. E precisamos fazer cada vez mais."

O Presidente se queixou das críticas e dos outdoors espalhados em Boa Vista contra seu governo, por ter feito a demarcação contínua das terras indígenas e a expulsão dos não-índios das terras de Roraima.

"Era como se nós fôssemos o demônio, porque diziam que a gente iria tirar a terra que Roraima precisava para produzir" disse. "Um Estado com tanta terra ainda sem produzir, alguns queriam exatamente a terra que não era deles, que era dos índios."

Marco histórico. O presidente insistiu que "a demarcação representa um marco histórico, pela extensão da terra, pelos interesses envolvidos e pelos obstáculos que precisaram ser vencidos". Afirmou ainda que evitou ir antes ao local por causa da divergência que se estabeleceu no Estado de Roraima.

2 comentários:

  1. PLIN PLIN .. FICA PRÁ PRÓXIMA


    FOI UMA TENTATIVA DE QUASE-GOLPE

    19.4.10 - do Blog DoLaDoDeLá
    Os bastidores do quase-golpe
    Da série ficção, a preferida dos internautas. Começou com um telefonema de um ator consagrado para o diretor do núcleo.

    Ele estava irado com a peça promocional que foi ao ar na noite de Domingo. Era um institucional de trinta segundos em que ele dizia apenas duas palavras.

    Mas a montagem induzia o telespectador a acreditar que se tratava, não de uma campanha de aniversário da maior emissora de televisão do país, mas um mosaico grosseiro cujo slogan "a gente faz senpre mais" é uma clara alusão ao do candidato José Serra.

    E para corroborar com a leviandade, ainda vinha o número quarenta e cinco assinado na peça, ao lado do logotipo. Ao todo, foram quarenta celebridades entre as turmas das produções, humor, shows, esporte e jornalismo. Achei até curioso a manifestação ter partido de um ator e não de um de nós. Afinal, vendemos a eles apenas nossa força de trabalho, não nossas consciências.

    Será? Nem sei mais... O ator foi duro e franco com o executivo da empresa. Se alguma providência não fosse tomada, ele ia aos jornais dizer que foi vítima de manipulação. Era tudo o que a emissora não queria ouvir nessa altura do campeonato. Ainda que seu candidato pudesse ser o mesmo que o da emissora, ele jamais se sujeitaria a trabalhar naquelas condições.

    E antes de desligar, avisou: Eu não estou sozinho. O diretor pediu paciência, disse que ia encontrar uma saída. Pensou em quem confiar num momento desses de conflito: talvez um executivo que tivesse bom transito com o jornalismo. Afinal, foi coisa dos herdeiros da Corte do Cosme Velho, incentivados pelo Guardião da Doutrina da Fé, pensou.

    Assim que amanheceu propôs o encontro ao executivo que considerou ser hábil o bastante para apagar o fogo. Nisso a internet já fervilhava. Pressões vinham de todos os lados, a opinião pública, os patrocinadores, os políticos, os amigos. É preciso convencer a direção de que foi um tiro no pé. Mas como fazer isso? Juntando argumentos. E lá foram os dois tentar convencer os acionistas de que aquilo fora um erro.

    Os artistas respeitam os interesses comerciais e políticos da emissora, mas consideram que não cabe a eles exercer esse papel institucionalmente. O artista é o vendedor de sonhos e ilusões para todos, não só para um determinado grupo político. Afora os artistas, tem os jornalistas que emprestam sua credibilidade à emissora. Ações assim pode arranhar para sempre esse vínculo com o telespectador.

    E assim foram as tratativas durante toda a tarde. Ok, mas qual seria a solução? Pensaram em várias. Ao final do encontro triunfou aquela que diz assim: "O texto do filme em comemoração aos 45 anos da Rede Globo foi criado - comprovadamente - em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas muito menos slogans.

    Qualquer profissional de comunicação sabe que uma campanha como esta demanda tempo para ser elaborada. Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação do filme." Esta noite não vai ser boa, nem para o Guardião, nem para a Central de Comunicação, e muito menos para o patrão. Nós aqui fora sabemos de tudo! O Povo não é bobo. Fiquem espertos.

    http://maureliomello.blogspot.com/

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  2. É isso aí, Presidente Lula. O que o senhor fez e falou é um motivo de orgulho para nós brasileiros que queremos um Brasil mais justo e para todos. Cada vez admiro mais a sua coragem e competência.

    Os índios realmente precisam ser mais respeitados e cuidados pelo poder público.eles precisam de mais escola, saúde,comida e luz, como senhor mesmo falou.

    Temos uma dívida histórica para com os índígenas assim como para com os negros. O que for feito por eles ainda será pouco.

    Saudações,Presidente. A luta continua...

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