Explicações sobre as picuinhas da imprensa quanto ao investimento de Petrobrás

Dilma, em Araçatuba respondeu sobre a celeuma produzida na imprensa, quando ela citou por engano o número de 85 bilhões, referentes aos investimentos da Petrobras em 2010, quando o valor certo é 80 bilhões.

“Agora, sobre a questão dos números, foi muito simples. Eu perguntei para diretores da Petrobrás que estavam comigo na solenidade (vistoria a obras do Comperj, em Itaboraí, no Rio) se eles lembravam qual era a previsão que nós tínhamos feito para o Plano de Dispêndios Globais, que a Petrobrás é obrigada a divulgar e que prevê as estimativas futuras que você fará de investimentos. Quando a gente lançou em 2009 o plano, ele previa não só 2009, mas os (anos) futuros. Eu perguntei para dois diretores se eles lembravam com exatidão os números de 2002, 2009 e de 2010. Nós ficamos ali discutindo quanto é que a gente achava que era. Fizeram uma ligação e pediram o plano, o valor de 2002, e foi dado como sendo em torno de 20 bilhões de reais. E o de 2010 foi dito para mim que estava entre 80 bilhões e 85 bilhões de reais. Não me deram o número exato, então, eu disse 85 bilhões de reais.”

“Isso não tem a menor importância, porque o valor consta (no PDG - Programa de Dispêndio Global, informado ao público com transparência). E eles deram depois, ao responder pela nota, o valor exato que constava no PDG. Foi isso que aconteceu. O resto é uma tentativa de ver problema onde não existe. O próprio mercado, que sabe que existe o PGD, sabe que é fruto de fofoca. O próprio mercado disse isso e não produziu efeito. Até porque isso faz parte do Orçamento. Nós ficamos em dúvida de quanto era. Foi isso que ocorreu. O fato relevante disso tudo – o Sergio (Machado, presidente da Transpetro) está me lembrando – é que não se pode mascarar o resto da notícia. É quatro vezes maior (2010 em relação a 2002) em qualquer hipótese. Quatro. Porque também não eram R$ 20 bilhões em 2002; eram 19 bilhões de reais. Eu aumentei um bilhão aí numa boa.”