segunda-feira, 8 de março de 2010

Baixada Fluminense recebe Hospital da Mulher, com a presença de Dilma



“Nós não fomos feitas somente para cuidar da casa, lavar a roupa, fazer comida… Nós nascemos também querendo oportunidades, querendo ter acesso a trabalho, ter acesso a uma vida com as mesmas oportunidades que os nossos companheiros homens”, foram as palavras da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, neste domingo (7) na inauguração do Hospital da Mulher Heloneida Studart, no município de São João de Meriti (RJ).

Dilma seguiu ressaltando as qualidades “indispensáveis” da mulher: sensibilidade, sensatez e praticidade. “A gente tem a responsabilidade de criar os filhos, de colocar comida na mesa… Nós somos impressionantemente corajosas”, declarou.

Francinete Correia comemora a chegada do hospital

Para a moradora do município de Mesquita, na Baixada Fluminense, Francinete da Silva Caboclo Correia, mãe de três filhos, o hospital “vai ser o xodó, o nosso filho caçula. É o que a gente estava precisando: um hospital de referência somente para a mulher”, comemorou.

Emocionada, a menina de nove anos, Bianca Carvalho Pontes, violinista que, juntamente com a orquestra local, homenageou a ministra Dilma, fez um pedido: “manda um beijo para o (presidente) Lula. Eu sei tudo de política, sei que ele acabou com a dívida (externa) do Brasil”, afirmou. O sonho dela é “ser presidente do país”.

Ao finalizar a cerimônia, a ministra citou Clarice Lispector, “também uma mulher lutadora. `Eu sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar”.

Heloneida Studart

O nome que leva o hospital recém inaugurado é uma homenagem à jornalista, escritora feminista e autora de “Mulher Objeto de Cama e Mesa”, Heloneida Studart, nascida em 1932 e falecida em 2007. Fundou o Centro da Mulher Brasileira e foi eleita seis vezes deputada estadual, quando criou leis que tornaram grátis exame de DNA para mulheres pobres, cirurgia reparadora da mama em casos de câncer e exames de prevenção de síndrome alcoólica fetal.

Hospital

Com um investimento de R$ 40 milhões do governo do Estado do Rio de Janeiro, a estimativa é que o hospital beneficie cerca de 900 mil mulheres da Baixada Fluminense e de outras áreas do Estado, com atendimentos de média e alta complexidade.
São mais de 13 mil metros quadrados, com 127 leitos, que prestará atendimento ambulatorial e cirúrgico, fará exames complementares e dará atendimento para grávidas de alto risco, principal foco da instituição, além de clínica médica, endocrinologia, cardiologia, nutrição, enfermagem, psicologia, assistência social e odontologia. Atendimento completo ao recém nascido internado e em nível ambulatorial no pós-alta, incluindo o programa de triagem auditiva neonatal e o teste do olhinho, também estarão à disposição da população.

O hospital terá um centro de referência em patologias cervicais (doenças do colo do útero), cirurgia ginecológica, mastologia, colposcopia e vídeo histeroscopia, além de um local conhecido como Casa da Mãe, que acolhe e hospeda mães de filhos recém-nascidos em recuperação na UI ou UTI neonatal, sendo pioneiro na rede pública de saúde do Estado. (Informações da Casa Civil).

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