quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Matar não resolve

A Polícia Militar de São Paulo está matando demais.

Em 2009, 524 pessoas foram vítimas fatais nos chamados casos de "resistência seguida de morte". Isso representa um aumento de 41% em relação a 2008.

No ano passado morreu mais gente nas mãos da polícia até mesmo do que em 2006. Naquele ano, quando São Paulo enfrentou os ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) contra as forças de segurança, 495 pessoas foram mortas em confronto com a polícia.

Ao mesmo tempo, os números divulgados pelo governo do Estado trazem uma notícia que parece boa, mas só em parte. Caiu 16%, em 2009, o total de policiais militares mortos durante o horário de trabalho. Mas o problema é que aumentou cerca de 20% o número de policiais assassinados durante os períodos de folga. Muitos deles foram mortos enquanto realizavam "bicos" para completar a renda do mês.

Ninguém pode ser contra uma polícia forte, que imponha a lei. Mas isso não significa que ela deva matar sem necessidade. As melhores polícias do mundo matam pouco.

O que controla o crime é a certeza de que quem sai da linha vai ser preso, julgado e condenado. Se matar mais resolvesse, o número de roubos, sequestros e latrocínios não teria subido, como subiu, no ano passado.

O comandante-geral da PM já disse que uma das suas principais preocupações é a de reduzir o número de mortes em ações da polícia. Anunciados os números de 2009, ninguém apareceu para se manifestar. O governo do Estado deve à sociedade uma explicação sobre a razão dessa escalada na violência. Do Agora

Um comentário:

  1. Quem vai mudar o código civil para que bandido
    não tenha como reduzir o tempo que fica preso?

    Indultos, semi-aberto e outras benesses,estimulam
    o crime pois 'amenizam' a pena.

    Os governos que tratem de criar empregos e
    renda, educação de qualidade, para que as famílias se estruturem e, assim, encaminhem seus
    filhos para o bem.
    Tratem, também, de construir presídios de segurança máxima pois, a fuga fácil, é outro
    estímulo para o crime.

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