sábado, 27 de fevereiro de 2010

Dilma: 'Descriminalização das drogas é um tiro no pé'


A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou que "a descriminalização das drogas é um tiro no pé", em entrevista à revista "Época" desta semana. Ela também não está nem um pouco convencida de que exista algum estudo que comprove que uma droga leve, como a maconha, não conduza ao uso de outra, mais pesada 

A parte da entrevista em que a ministra fala sobre drogas é a seguinte:

""ÉPOCA Como a senhora vê a descriminalização das drogas?

Dilma - A droga é uma coisa muito complicada. Não podemos tratar da questão da droga no Brasl só com descriminalização. Estou muito preocupada com o crack. O crack mata, é muito barato, está entrando em toda periferia e nas pequenas cidades. Não vamos tratar o crack única e exclusivamente com repressão, mas com uma grande rede social, que o governo integra. Há muita entidade filantrópica nas clínicas de recuperação. A gente tem de cuidar de recuperar quem já está viciado e cuidar de impedir que entrem outros. Tem que cuidar também para criar uma política de esclarecimentos sobre isso. Não acho que os órgãos governamentais, Estado, municípios e União, vão conseguir sozinhos. Vamos precisar de todas as igrejas e entidades que têm uma política efetva de combate às drogas. A questão da droga no século XXI é muito diferente daquele tempo de Woodstoc, que tinha um componente libertário.

ÉPOCA A senhora é a favor da repressão mesmo no caso de drogas leves, como a maconha?

Dilma - Não conheço nenhum estudo que comprove que a droga leve não seja passo para outra. Esse é o problema. Num país com 50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, é complicado falar em descriminalização, a não ser que seja para fazer um controle social abusivo da droga. Não temos os instrumentos para fazer esse controle que outros países têm. A não ser que a gente tenha um avanço muito grande no controle social da droga, fazer um processo de descriminalização é um tiro no pé. O problema não é a maconha, mas é o crack. O crack é uma alternativa às drogas leves, médias, pesadas. Não é possível mais olhar pura e simplesmente para a maconha, que não é um caso tão extremo nem tão grave.".época

19 comentários:

  1. embora não me empolgue com sua candidatura.

    ???

    explica melhor essa...


    ___


    a gente te adora sim...

    mas não concorda sempre.

    abraços discordantes.


    ...

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  2. Também achei um pouco excessivo. Concordo com isso:

    "Num país com 50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, é complicado falar em descriminalização, a não ser que seja para fazer um controle social abusivo da droga. Não temos os instrumentos para fazer esse controle que outros países têm. A não ser que a gente tenha um avanço muito grande no controle social da droga, fazer um processo de descriminalização é um tiro no pé."

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  3. Fernando Pessoa escreve sobre a Lei Seca

    http://www.psicotropicus.org/publicacao/129

    ...

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  4. Alguns paises descriminalizaram as drogas, com regras rígidas, horários e locais. Aí, o que os ex-traficantes pensaram, "vamos fazer drogas mais viciantes... ". Então tem dorgas sintéticas e coisas como maconha transgênica/hidropônica (alto poder de dependência). Então, esses governos estão sendo obrigados a proibir alguns tipos de drogas "sacanas", porém muitos já tinham "experimentado" e já estavam na palma da mão dos novos empresários. Então o tráfico resurgiu. Até que apareça um "inteligente" e diga "Ei! A melhor forma de acabar com o tráfico é liberando essas novas drogas."

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  5. Discordo de você, a Dilma precisa atualizar-se inclusive com as pesquisas médicas sobre a ideia de que maconha é primeiro passo para drogas mais pesadas. E concordo com a observação do leitor Murilo Guimarães quanto à dificuldade de controlar o acesso de jovens de 15 a 19 anos. Lembrando que para muitos jovens desta faixa etária, maconha já é careta, ante o crack, por exemplo, de feito mais rápido.E mais danoso.

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  6. Não legalizar que é um baita tiro no pé. O México que o diga. A Argentina está entrando em colapso por ter discriminalizado o uso e plantio doméstico de maconha em pequenas quantidades?

    O pior da maconha é a sua ilegalidade. De resto, a maior parte é puro mito. Não é lá, como muitos defensores colocam, a coisa mais saudável do mundo, afinal é consumida principalmente através do seu fumo, o que traz problemas à saúde. Mas não tem nada que justifique sua proibição.

    Difícil é abrir este debate. A Dilma evita entrar nessa questão porque FALAR sobre descriminalizar a maconha é um tiro no pé DELA, isso sim. Ela nem fala de reestatizar as privatizadas e já é taxada de radical, imagina se assumisse uma posição mais coerente (pelo menos que ouvisse a opinião da sociedade civil) em relação a esse assunto!

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  7. Enquanto não legalizarem vai ter gente morrendo na guerra ao combate. Sempre foi assim e sempre será.

    Pela primeira vez na vida eu vi o FHC falar algo sensato (ele diz ser a favor da descriminalização de todas as drogas).

    E outra, de onde você tirou que plantar cannabis é proibido no mundo todo?

    Além disso, oa cannabis vai bem além do consumo da maconha, pois o cânhamo (também originário da cannabis) é um dos produtos mais versáteis que existe e dele pode ser feito desde biocombustível até tecido e papel (um papel mais resistente e mais ambientalmente barato que o de celulose, inclusive).

    um abraço e um 2010 sem demotucanos e suas ovas para todo mundo!

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  8. Vi há algum tempo uma pesquisa de comportamento dizendo que a maioria da população brasileira é CONTRA a descriminalização da maconha ou (não lembro) das drogas em geral. Será por isso a posição da Dilma?

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  9. Francisco, o texto é do blog da Globo sobre a entrevista da Dilma. Veja abaixo

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  10. Então vamos liberar as farmácias para faturarem alto junto aos viciados em 'remédios' que, segundo pesquisas,aliena e mata mais que as outras drogas.

    Vamos proibir as drogas do PSDB+DEM em Outubro.

    É Dilma 2010!

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  11. A Dilma foi corajosa em contrariar uma parcela da população mimada e acostumada a não ser contrariada.
    A população não aguenta mais pagar um preço muito caro (a própria vida) para que pessoas usem produtos proibidos por diversão e grita por maiores providências quanto ao consumo irresponsável destas substãncias.

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  12. A maconha não é uma droga 'inofensiva' como querem 'vender' os manipuladores de opinião.
    Com a palavra os médicos em geral.

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  13. Citam a Holanda como referência de liberalização
    mas, aqui é Brasil, carente de Educação,que o Lulão e a Dilma trabalham para compensar décadas
    de atraso.
    E o Brasil é um país continental, com extensas
    fronteiras terra/mar/ar, difíceis de monitorar/controlar.
    Entendo que, não enveredar para as drogas, é resultante de uma família estruturada, somada
    a educação de qualidade para as nossas crianças
    e jovens.E família estruturada só acontece com
    emprego, renda, saúde e moradia digna.

    Vamos chegar lá com a continuidade do governo Lula.

    Porisso é Dilma 2010 !

    Mulheres ! O poder está com voces.

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  14. Concordo plenamente com a Dilma. Acho realmente que a liberação da maconha é um tiro no pé.É fácil entender a sua posição, basta olhar como dirigente de uma nação e não como simples consumidor. Os grandes traficantes se desenvolveram porque a sociedade falhou e continua falhando na maneira de lidar com a questão. A solução não é facil mas a nossa sociedade tem de superar o problema e não ignorá-lo.

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  15. Se a Dilma disse isto - "A droga é uma coisa muito complicada. Não podemos tratar da questão da droga no Brasl só com descriminalização. Estou muito preocupada com o crack. O crack mata, é muito barato, está entrando em toda periferia e nas pequenas cidades. Não vamos tratar o crack única e exclusivamente com repressão, mas com uma grande rede social, que o governo integra. Há muita entidade filantrópica nas clínicas de recuperação. A gente tem de cuidar de recuperar quem já está viciado e cuidar de impedir que entrem outros. Tem que cuidar também para criar uma política de esclarecimentos sobre isso. Não acho que os órgãos governamentais, Estado, municípios e União, vão conseguir sozinhos. Vamos precisar de todas as igrejas e entidades que têm uma política efetva de combate às drogas. A questão da droga no século XXI é muito diferente daquele tempo de Woodstoc, que tinha um componente libertário" - ela tem toda razão. Não li a entrevista toda, mas nesse argumento ela está coberta de razão. Ou como disse o PHA: FHC quer aparecer nos foruns internacionais, onde o chique agora é ser a favor da descriminalização da maconha. Mas o problema no Brasil de hoje, especialmente entre os pobres urbanos, é o crack, droga barata e rápida, não a maconha, e entre os riquinhos urbanos é o ecstasy e coisas semelhantes, também de efeito rápido, e caro como condiz ao status econômico e social dos seus consumidores.

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  16. helena... ops...

    de qualquer forma... adoro mesmo...


    vera...

    aí está o ponto...

    garoto vai numa bocada escrota pegar baseado... não tem... vai coca mesmo... ou crack... é assim no mundo todo... onde quer que a proibição impere..

    ...

    mais...


    maconha é questão cultural.

    usos e costumes.

    assim como tabaco e álcool.

    ha muita manipulação nessa discussão. interesses imperiais. a proibição esfacela a sociedade, vejam o méxico. vejam o documentário 'grass'. proibição começa na amerika pra estigmatizar chicanos. no brasil pra enquadrar negros.

    não é brincadeira.


    foucault explica. vigiar e punir.

    abraço a todos.

    ...

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  17. Concordo com o colega aí em cima: Drogas são PSDB e DEM. Fui forçado a consumir por oito anos e quase me acabei. Graças a Deus, agora, estou limpo.

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  18. poxa, tive um comentário deletado. e olha q ea respeito e dentro das regras das postagens. pq?
    abs márcio cubiak

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  19. Márcio Cubiak

    Caso tenha sido removido por um descuido na hora de deletar indesejaveis, peço desculpas
    Abraços

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