quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Licitações do governo federal passam a exigir sustentabilidade do fornecedor

Ministério do Planejamento regulamentou a inclusão de exigências de sustentabilidade nas compras e contraros com órgãos do governo federal

De agora em diante, as obras públicas serão elaboradas visando a economia da manutenção e operacionalização da edificação, redução do consumo de energia e água, bem como a utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental.

“Essas regras vão exigir uma readequação do mercado, já que nem todos os fornecedores terão produtos qualificados para as nossas exigências”, alertou o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna.

“Com essas medidas, o governo estimula a sociedade a seguir esse caminho, não apenas porque dá o exemplo, mas também porque pode induzir os fornecedores a se preparar para fornecer produtos e serviços ambientalmente sustentáveis”, justificou.

Entre as determinações há:
- projeto de gerenciamento de resíduos provenientes da construção civil que atendam às normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente;
- a utilização de sistemas de reuso de água e energia;
- procedimentos para reduzir o consumo de energia;
- utilização de materiais reciclados, reutilizáveis e biodegradáveis;
- redução da necessidade de manutenção;
- uso de energia solar;
- comprovação da origem da madeira para evitar o emprego de madeira ilegal na execução da obra ou serviço.

O governo federal também recomenda que os bens e serviços sejam constituídos, no todo ou em parte, por material atóxico, biodegradável e reciclado e que não contenham substâncias perigosas em concentração acima da recomendada na diretiva européia RoHS (Restriction of Certain Hazardous Substances). Entre eles, o chumbo, o cromo, o cromo hexavalente e o cádmio.

A Instrução ainda traz regras para a contratação de serviços, como separação dos resíduos reciclados descartados pelos órgãos, adequada destinação para pilhas e baterias e a utilização de produtos de limpeza e conservação de produtos que atendam às determinações da Anvisa. O documento também prevê que as empresas contratadas realizem programas internos de treinamento para a redução de consumo de energia elétrica e de água.

Um comentário:

  1. Em breve, todos teremos que adotar um modo de vida mais sóbrio, sem consumismo,abandonando
    embalagens descartáveis, plásticos,isopor,PET,
    etc...
    Economia de água e energia.

    Os Governos deverão estar na vanguarda
    juntamente com os legislativos,criando normas,
    regulamentos,implementando ações e investimentos nacionais e estrangeiros, para o atingimento
    dos objetivos da sustentabilidade.

    A transição, se não for bem planejada ao longo do tempo, poderá causar desemprego e exôdos nos
    dois sentidos(cidades e campo).

    A mão de obra precisará se qualificar para, saindo da produção de bens de consumo, migrar
    para a área de inovação e tecnologia de bens e serviços necessários à sustentabilidade e
    cuidados com o meio-ambiente.

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