quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Diferente do DEM que fez acordo e não expulsou ninguém, PSB, manda Ulysses embora

O PSB do Distrito Federal fechou as portas para o distrital Rogério Ulysses. Literalmente. Depois de expulsar o deputado da legenda, na tarde de terça-feira, o partido trancou a sede da legenda. A atitude impede Ulysses de entrar com recurso sobre a decisão do diretório. Durante todo o dia de ontem, o grupo político do deputado tentou entrar em contato com dirigentes do PSB, mas sem sucesso. Na porta do escritório onde funciona a agremiação, existe um comunicado informando que o local será reaberto para o público a partir de 4 de janeiro.

Rogério Ulysses alega que pelo estatuto do partido terá até cinco dias para tentar reverter o posicionamento do diretório regional. Para tanto, o deputado precisará de ter, oficialmente, acesso a ação que o expulsou da legenda. Como isso não será possível antes das festas de fim de ano, o deputado se apega à expectativa de que o prazo para a contestação passará a contar a partir do dia 4 e que, portanto, ele terá até o dia 9 para reclamar da decisão.

O relatório que decidiu pela expulsão de Rogério Ulysses do PSB levou em conta não só o recente escândalo no qual o nome do deputado é citado. Ele é acusado por Durval Barbosa de receber propina para votar em conformidade com os interesses do governador José Roberto Arruda (DEM). O texto elaborado por Marcelo Dourado fez menção também a posturas do deputado no exercício do mandato, como a retirada da assinatura do requerimento para a criação da CPI do BRB, o arquivamento súbito da CPI dos Cemitérios, comissão em que ocupou cargo de presidente, e o voto contra o Plano de Cargos e Salários dos professores, quando seguiu a orientação do GDF. Rogério Ulysses considerou a decisão do partido “covarde” e disse que vai enfrentar os processos para provar que é inocente. (Lilian Tahan e Ana Maria Campos)


As acusações

Veja o que pesa contra o presidente da Câmara Legislativa licenciado, Leonardo Prudente (DEM)

Uma das produções mais exibidas de Durval Barbosa é o vídeo no qual Prudente guarda o dinheiro entregue pelo
ex-secretário de Relações Institucionais nos bolsos do terno e, quando já não há mais espaço, recorre às meias para acomodar mais maços.

Prudente também aparece em um outro filme de Durval, onde ele participa da oração liderada pelo colega Júnior Brunelli (PSC). Abraçado a Durval e a Brunelli, Prudente acompanha a reza que agradece pela vida do
ex-secretário do GDF. Pelas circunstâncias da prece, ela ficou conhecida como oração da propina.

Prudente é citado várias vezes no inquérito nº 650 do Superior Tribunal de Jusitça (STJ). Em depoimento prestado por Durval Barbosa ao Ministério Público, Prudente é acusado de receber mesada do governo para votar de acordo com os interesses de Arruda.

Em outro trecho do depoimento, Durval afirma que empresas pertencentes a Prudente são beneficiadas em contratos com o governo. Entre as firmas citadas, há a G6. criada por Prudente. Como mostrou o Correio em reportagem de 4 de dezembro, a empresa que hoje é administrada por amigos da família recebeu R$ 52,2 milhões entre 2007 e 2009 em contratos de vigilância com a Secretaria de Educação e o Detran. A 5 Estrelas, empresa dos filhos de Prudente, recebeu R$ 8,5 milhões em contratos do GDF em três anos.

Em reportagem publicada em 6 de dezembro, o Correio revelou que Rafael Cavalcanti Prudente, filho do deputado distrital, representa em Brasília a empresa Serquip, que mantém contrato emergencial com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) para tratamento dos resíduos produzidos por hospitais e clínicas do Distrito Federal. O contrato emergencial de R$ 330 mil já foi renovado duas vezes. Uma lei de iniciativa de Cabo Patrício, aprovada em junho, beneficia empresas com tecnologia de incineração e sede na capital do país, como a Serquip. Correio

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