sábado, 21 de novembro de 2009

Pesquisas internas da cúpula do PT dão como certa a reeleição de Edson Silva para diretório regional e fortalecem ministra

O PT de São Paulo espera que pelo menos 26% dos 295 mil filiados votem amanhã nas eleições diretas para o diretório estadual do partido. O preferido, segundo pesquisas internas, é o ex-prefeito de Araraquara, Edson Silva, que concorre à reeleição. Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), Edinho, como é conhecido o candidato, vai se manter no cargo com 70% dos votos.

Vaccarezza diz que em São Paulo, assim como em todo o país, as eleições internas do PT servirão para referendar o nome da ministra Dilma Rousseff, como única alternativa do partido para concorrer à Presidência da República em 2010. “Não há outro nome”, ressalta o parlamentar. Ele acredita que esse projeto será aceito em todos os estados.

Edinho prefere não contar com a vitória antes dos resultados das urnas, mas ressalta que o PT de São Paulo está mais unido do que nunca e que, caso seja reeleito, não haverá mudanças significativas no partido. O grupo político da ex-prefeita Marta Suplicy, que luta contra a possível candidatura de Ciro Gomes (PPS) ao governo de São Paulo ganha até um pouco de força, já que ela está encabeçando o projeto de Dilma Rousseff no estado.

O grupo de Marta Suplicy é hegemônico no PT paulista há cinco anos e ensaiou apoiar Ciro. Com a reeleição de Edinho, é possível que os aliados somem forças para manter o cacique do PPS apenas como aliado. “Assim como a Marta, nós trabalhamos por uma candidatura própria ao governo de São Paulo”, diz Edinho. Ele cita nomes de possíveis candidatos: o ministro Paulo Haddad (Educação), Antônio Palocci e o senador Eduardo Suplicy.

Vaccarezza, que faz parte do grupo de Marta e já defendeu nomes do PT para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes em 2010, mudou de ideia recentemente e já defende um possibilidade de ter Ciro e Dilma no mesmo palanque nas próximas eleições. “O Ciro é um bom nome e funcionaria muito mais como uma ajuda a Dilma Rousseff”, ressalta. Marta Suplicy, no mês passado, disse que Ciro “não tem nada a ver com São Paulo”.

Visitas
Pelo sim, pelo não, Ciro já considera a possibilidade de se candidatar por São Paulo quando discursa na capital paulista. Numa das suas mais recentes visitas, disse que sempre se identificou com o estado e que aceitaria com entusiasmo essa possibilidade. Mas ressaltou que isso não significa que ele será candidato ao governo, mantendo-se como pré-candidato à Presidência da República.

Em entrevistas, Ciro ressalta o governo Lula, critica o atual governador de São Paulo, José Serra, dizendo que ele foi ministro da Fazenda do governo Fernando Henrique Cardoso e que quebrou o país três vezes. “O Lula enfrentou a crise mundial dando bons exemplos para o mundo”, disse na última vez que esteve em São Paulo.

Para uma corrente forte defendida por Edinho, Antonio Palocci Filho é o herdeiro natural do governo de São Paulo. Um acordo feito com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já lhe garantia a chance de concorrer assim que limpasse o seu nome em julgamento que o inocentou no Supremo Tribunal Federal (STF), há três meses. Ele era acusado de quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Nos bastidores do PT paulista, Palocci tem dito que precisa de uma “volta por cima” e que concorrer a uma eleição majoritária seria ideal para esse recomeço. Em seus planos, o uso do programa eleitoral gratuito no rádio e na televisão seria o canal ideal para reforçar a sua inocência e recuperar a imagem de homem forte do partido. Em conversas com interlocutores, Lula tem dito que Palocci merece uma chance para dar explicações aos eleitores e, com isso, recuperar prestígio político. Principalmente porque ele é bem visto na classe empresarial paulista.Correio Braziliense

Dilma será aceita em todos os estados. Não há outro nome no partido para a Presidência da República”

Cândido Vaccarezza, líder do PT na Câmara

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