sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Paulo Bernardo rebate FHC e o compara a desafeto de Mozart

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, rebateu nesta quinta-feira, 5, as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao governo do Presidente Lula comparando-o a um músico ressentido. Para Bernardo, FHC está tentando "suprir a deficiência da oposição".

Para Bernardo, no entanto, as críticas refletem a falta de discurso da oposição. "Como ele é uma pessoa brilhante, de grande talento, e a oposição está numa mediocridade imensa, colossal, ele está tentando suprir isso", disse. "Agora, o risco que corre é ele ficar parecendo o Salieri (maestro Antonio Salieri), que ficava criticando o talento de Mozart (músico Wolfgang Amadeus Mozart) porque ele não conseguia ter o mesmo talento, não conseguia ter o mesmo reconhecimento."

De acordo com Bernardo, que esteve em Curitiba para uma palestra a professores, alunos e servidores da Universidade Federal do Paraná sobre o desempenho do governo federal e as perspectivas para 2010, o papel desempenhado por FHC traz um risco muito grande "para uma pessoa com a história do Fernando Henrique, que já foi considerado o príncipe da sociologia".

Na quarta-feira, 4, o ex-presidente voltou a criticar o governo Lula. Em palestra proferida no instituto que leva seu nome, Fernando Henrique também mirou na "inércia da oposição", e voltou a mostrar ceticismo sobre o futuro do País nas mãos da administração petista.

Franco-atirador

"Ele faz o discurso de que, se não concorda comigo, é autoritário, deve ser alguma coisa desse tipo, mas isso é muito pobre para um Fernando Henrique, que era um dos maiores pensadores do Brasil em termos de realidade", reagiu Bernardo. "Uma pessoa com toda essa bagagem ficou sozinho, de franco-atirador, tentando resolver o problema que a incompetência do PSDB e do DEM não consegue resolver, que é ter um discurso para o País, que é ter uma proposta alternativa."

Em sua palestra, o ministro disse que ás vezes o governo é criticado por estar planejando os próximos anos sem ao menos saber se o PT continuará no poder. "Nós achamos que é obrigação do atual governo preparar o terreno para o próximo, independentemente de quem ganhar a eleição", disse. "Se tivermos um trabalho previamente estruturado o governo terá apenas que fazer opções e poderá trabalhar com economia de tempo e economia de recursos porque vamos fazer isso."

Para Bernardo, os investimentos que o Brasil tem feito, principalmente por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vão se constituir em um "ritual de passagem do país em desenvolvimento para o país de primeiro mundo". E ressaltou que o Brasil tem uma democracia consolidada: "As mudanças se dão no voto, se quiserem mudar tem uma possibilidade no ano que vem.Agência Estado

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